Ronaldo Ausone Lupinacci* Durante o mês de maio último o presidente Jair Bolsonaro utilizou a expressão “idiotas úteis” para se referir aos manifestantes que protestavam contra o corte de verbas para a educação¹. O fato desencadeou grande movimentação nas redes sociais e na mídia, e merece atenção porque a “idiotice útil” é um fenômeno já […]
Ronaldo Ausone Lupinacci* Tenho acompanhado com muita atenção o noticiário acerca do Sínodo dos Bispos da Região Amazônica, cuja realização se acha prevista para o próximo mês de outubro. Tenho acompanhado, também com a mesma atenção, o extenso noticiário nacional e internacional relativo à suposta deterioração ambiental da Amazônia causada por desmatamento predatório, mineração desenfreada, […]
Ronaldo Ausone Lupinacci* “O presidente americano dá um ultimato ao nosso país: se não cessar o ‘desmatamento destrutivo’ em uma semana, os EUA iniciarão um bloqueio naval ao Brasil e lançarão ataques aéreos para destruir infraestrutura estratégica brasileira.” Pelas aspas o prezado leitor já terá concluído que não consiste em afirmação minha, mas de transcrição […]
O assunto de maior destaque no noticiário destes dias consiste na Reforma da Previdência Social. Parece existir um consenso nos meios científicos, técnicos e políticos no sentido de que tal reforma é a principal e a mais urgente, para restabelecer o equilíbrio das contas públicas, do qual depende a prosperidade geral.
Este artigo teve como ponto de partida o livro “COMO AS DEMOCRACIAS MORREM”, escrito por dois professores de ciência política da Universidade de Harvard, Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, e que vem obtendo larga divulgação. A visão dos autores do referido livro é muito diferente da orientação desta coluna. Mas, corresponde à visão das oligarquias que controlam as nações ocidentais.
Nestes dias confusos de 2019 o futuro nos preocupa. Por isso, estou empenhado em discernir os possíveis desdobramentos do atual cenário nacional, que conserva em boa parte a efervescência oriunda da polarização político-ideológica verificada nos meses que antecederam as eleições de 2018. Não é fácil a tarefa. De qualquer forma, para avançar nas prospecções mostra-se necessária a reflexão sobre algumas realidades.
Somos por natureza inclinados a pensar no futuro, talvez pelo instinto da sobrevivência. Isso tanto mais se nota quando acontece um fato muito relevante, que tem importantes consequências a curto, médio e longo prazo. As eleições de 2018 se enquadram na categoria de fato relevante porque apontam para mudança radical (ou quase tanto) dos rumos na vida do País. Daí sermos tentados a especular sobre quais mudanças advirão.
A perfeita compreensão da ideia mestra deste artigo depende de alguns pressupostos. O primeiro deles consiste na noção do que seja “Establishment”, ou seu equivalente em português (“Sistema”) pouco utilizado, porém, na linguagem especializada. Portanto, não recorro ao inglês por pedantismo, mas porque os que tratam do assunto sobre o qual incide a palavra se valem do termo em língua inglesa, uma vez que a tradução pura e simples não traz a conotação pejorativa com a qual é empregada (“estabelecimento”)¹.
Os comentários desfavoráveis que faço, nesta coluna, a inúmeros fatos da atualidade têm um denominador comum, ou seja, a crise das almas, que gera ou estimula todas as demais anomalias contemporâneas. E, infelizmente, são poucos os fatos causadores de júbilo ou admiração merecedores de comentários. Não se trata de pessimismo, e sim de resultado da observação objetiva e fria da realidade.
A fim de organizar as ideias no ambiente confuso que se formou com a greve dos caminhoneiros pareceu-me didático apresentar algumas das questões emergentes, através de perguntas e respostas. Ei-las, em forma sucinta: