NÃO DUVIDEM!
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Avesso à dramatização tentarei pintar com cores reais e nítidas um quadro realista sobre aquilo que está acontecendo no Brasil de hoje. Vamos aos fatos.

Ronaldo Ausone Lupinacci*

Interrompi os artigos que vinha escrevendo sobre o que designo aqui, genericamente, por “política” (mas que iam muito além da “política”) para discorrer sobre a questão moral da poligamia, tema de altíssima relevância, mas de menor atualidade. Como anunciei, estou esboçando um livro sobre aquele tema. Mas, a gravidade da atual conjuntura nacional me obriga a voltar a ela. Avesso à dramatização tentarei pintar com cores reais e nítidas um quadro realista sobre aquilo que está acontecendo no Brasil de hoje. Vamos aos fatos.

Longa série de artimanhas político-judiciárias permitiu a Lula concorrer à Presidência da República. Outra sequência de artimanhas, notadamente as publicitárias (“midiáticas” como se diria hoje) e judiciárias confluiu para que Lula fosse declarado eleito e empossado, apesar das eleições escancaradamente fraudulentas.

Lula então assumiu a presidência em meio a grande decepção popular, e passou a adotar postura desenganadamente comunista. Os militares, de quem o povo esperava proteção quedaram-se inertes e silenciosos em sua maioria, excetuados aqueles que aderiram a Lula.

A população tem dado mostras de grande descontentamento com o Governo Federal e com os militares que o sustentam, e prova disso vimos dia (07/09/2023) com o fiasco completo das cerimônias oficiais referentes à Independência.

Entretanto, não se vislumbra na massa do povo o surgimento de lideranças lúcidas e corajosas aptas a organizar uma oposição cívica eficaz, nem tampouco a indispensável organização dos descontentes para que unam suas forças no sentido de definir projeto consistente e coerente.

Neste cenário, não são segredo as iniciativas e proclamações governamentais tendentes a desarmar a população. Seguem elas cautelosa, mas firmemente. Enquanto não desarmar a maioria silenciosa o Governo terá dificuldades para impor seu projeto comunista. Mas, se conseguir desarmar terá o caminho livre porque então restará aos cidadãos apenas vociferar protestos ocos. Para abafar tais protestos o Governo contará com a força das armas e da polícia.

Analisando o esquema de implantação do comunismo nos diversos países Plínio Corrêa de Oliveira em um ou dois de seus inúmeros livros discerniu que o processo histórico-político se assenta num tripé composto pela propaganda, pela força e pela burocracia. Estes instrumentos vêm sendo empregados no Brasil. A propagada fica a cargo da mídia, vassala do comunismo. A força com as entidades policiais e militares. E, a burocracia pelo vastíssimo aparelho montado pela esquerda, silenciosamente, ao longo de décadas, desde a época da falsa direita (1964-1983) até hoje. Este tripé, inegavelmente constitui uma força considerável até porque são muito poucas pessoas – e dentre elas – muito poucos os políticos que o enfrenta, dada a venalidade asquerosa que domina aqueles ambientes.

Em seu esquema clássico para tomada do poder o comunismo fomentava descontentamentos, transformava tais descontentamentos em ódios, reunia as forças do ódio para desencadear guerra civil, e nela pulverizar seus adversários.

Hoje no Brasil, ele já não precisa seguir o referido esquema clássico porque está no poder, através da Presidência da República, do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Superior Eleitoral, das chefias das Forças Armadas, da Polícia Federal, de grande parte do Congresso Nacional, de governadores de Estados e respectivas assembleias legislativas. Mas, nem por isso se pode acreditar que o comunismo desistiu da guerra civil. Ela tem sido o meio cruento eficaz para dizimar os opositores através do terrorismo e do banditismo, surrupiando patrimônios e suprimindo as mais legítimas liberdades públicas. Para chegar à guerra civil, o comunismo principia pela divulgação de boatos tendentes a inquietar a população e induzi-la a ações tresloucadas, que serão então qualificadas como “antidemocráticas”, e, servirão de pretexto para o uso da força bruta.

Dentro do atual cenário não se detectam as mínimas condições para uma insurreição popular (sedição) exitosa, de modo que a continuarem as coisas como estão o itinerário mais provável seria mesmo o da implantação do comunismo, tal como aconteceu na Venezuela, na Nicarágua, e, antes em Cuba. Para a hipótese de os militares brasileiros patriotas reagirem, já existe um plano de invasão do Brasil pela Venezuela, Cuba, Argentina, com apoio da França e dos Estados Unidos, e, talvez por isso mesmo aqueles militares estejam tão quietos. Não seria fácil enfrentar a “Nova Ordem Mundial” que deseja roubar nosso território.

A fragilidade da maioria silenciosa deve ser imputada, em grande parte, às várias classes de traidores que a apunhalam pelas costas, a começar pelos eclesiásticos da CNBB, pelas “lideranças” postiças introduzidas na sociedade civil (Confederações, Federações, sindicatos, entidades profissionais) pelos políticos corruptos que só visam seus mesquinhos interesses eleitorais e financeiros. Mas, um dia todos terão de prestar estritas contas de suas ações e omissões, tanto quanto aqueles que de alguma forma pregaram, apoiaram ou beneficiaram o comunismo. Este dia chegará senhores. Não duvidem do povo mestiço que expulsou holandeses e franceses, levou a forca e esquartejou Domingos Fernandes Calabar, e escorraçou a criminosa Coluna Prestes.

*O autor é advogado e pecuarista.
Jornal Nova Fronteira