Dizem, que não há animais maus. A maldade, é, muitas vezes, forma de defesa. Todos os bandidos perigosos, têm momentos de ternura. A má conduta, é, em regra, devido à educação, e ao meio em que viveram ou vivem.
O avô de minha mulher, emigrou para o Brasil, no início do século XX, após concluir o curso de “Comércio”, numa escola que ficava junto ao Palácio da Bolsa, no Porto. Emigrou, porque lhe disseram: que nesse país, era fácil enriquecer. Embarcou num velho navio, juntamente com outros, que buscavam vida melhor, com destino a Santos.
Ao ouvir, na TVI, o caso das crianças adotadas por dirigentes da IURD, lembrei-me de pobre-diabo, que conheci no Café “Chave D’ouro”, no Porto.
Há uma máxima, que todo o agricultor conhece: “Colhe-se o que se semeia”. Se, semeamos boa semente, e se cuidarmos da planta com carinho: livrando-a de parasitas, adubando e estrumando bem a terra, colher-se-á bons frutos: em tamanho e qualidade.
Disse o grande pedagogo Ribeiro Sanches, na “Cartas Sobre Educação da Mocidade”, que: “O povo não faz boas nem más ações, que por costume e por imitação”.
Casal amigo, recentemente vindo do Brasil, que anda a viajar pela velha Europa, ao passar pela minha cidade, quis visitar-me, e convidou-me para encontro num hotel do centro da cidade.
Certa ocasião, quando Henrique Galvão e o irmão, eram responsáveis pelos programas da Emissora Nacional, em pleno Estado Novo, apareceu, nessa rádio, intérprete inglês, que alcançou sucesso invulgar.
Tinha um amigo – digo: ‘tinha’, porque logo que viu que não lhe podia ser útil, sumiu, – cujo primogénito frequentava Escola de Ensino Superior.
Apesar de ser dos monarcas mais inteligentes do seu tempo, e o que mais trabalhou a favor da cultura, em Portugal (comparável ao Rei D. Duarte,) é, para muitos, quase desconhecido.
Todos nós temos o feio hábito e colocar rótulos no semelhante. Se alguém tem parecer diferente, defendendo ideologia oposta à nossa, logo se coloca alcunha depreciativa.