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Assisti esses dias uma entrevista muito interessante com o cientista, médico e sociólogo Nicholas Christakis, 52, P.H.D. em medicina pela Havard e diretor do Laboratório da Natureza Humana da Universidade de Yale.

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Por Renilson Freitas

Assisti esses dias uma entrevista muito interessante com o cientista, médico e sociólogo Nicholas Christakis, 52, P.H.D. em medicina pela Havard e diretor do Laboratório da Natureza Humana da Universidade de Yale. Há 15 anos, ele e uma equipe de cientistas estudam as interações humanas. Como se formam e como podem ser utilizadas na propagação de informações, desde uma simples notícia até a transmissão de um vírus mortal.

A pesquisa revela algo que, de certa forma, já sabíamos, mas que a maioria ainda não parou para perceber. Nossas ações são influenciadas por todos os que nos rodeiam, inclusive aqueles que não conhecemos. Eles defendem que a mudança de atitude do amigo do amigo do nosso amigo pode influenciar diretamente nas nossas ações e no nosso modo de ver a vida. O Sociólogo cita o exemplo de um amigo do amigo do amigo que começa a viver uma vida mais saudável e a praticar exercícios físicos. Isso vai gerar ao seu derredor uma mudança de comportamento chegando a atingir alguém que ele nem sequer conhece.

Para chegar a esse veredito, Nicholas Christakis e sua equipe utilizaram fórmulas matemáticas e teorias sociológicas que ajudaram a mapear a importância de cada um na rede social, que o cientista faz questão de esclarecer que é uma rede real, não virtual. As redes virtuais facilitariam a transferência de informações entre os não amigos, mas o contato real entre amigos é que teria esse condão de transferir os pacotes de dados, positivos ou negativos, com o poder de transformar ou massificar condutas.

Onde queremos chegar com isso? Vivemos um momento tormentoso cheio de insegurança, medo, raiva, mas temos a opção de não permitir que a ação negativa do amigo, do amigo do nosso amigo determine os nossos passos, pois somos livres para escolher, como o próprio cientista sugere na entrevista. E podemos ir além. Ao barrar o processo negativo podemos modificar nossas ações e contaminar os nossos amigos, seus amigos e os amigos destes com pensamentos positivos de amor e esperança.

Qual nosso papel nessa rede? Pensamos que seja difundir o bem. Em um momento da entrevista Nicholas deixa escapar essa ideia. Ao ser indagado pelo repórter sobre como ele se utiliza desses conhecimentos para se beneficiar dos efeitos dessa rede, o sociólogo responde: “Nos 15 anos que venho fazendo esse trabalho eu me tornei muito mais consciente, não só de como as pessoas me afetam, mas de como eu afeto os outros. E muito mais consciente de que, se eu chegar em casa mal-humorado isso vai afetar outras pessoas. Devo parar antes de abrir a porta e refletir. Hoje eu sei que, se fizer uma mudança positiva, como parar de fumar ou perder peso, isso pode afetar não só a mim, mas meus amigos, os amigos de meus amigos e talvez centenas de outras pessoas que se beneficiariam com a minha mudança. Espero estar fazendo do mundo um lugar melhor”.

Amor e luz!

Jornal Nova Fronteira