Cultura de algodão tem aumento de 15,4% na área plantada
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Um dos principais produtores nacionais de algodão, atrás apenas do estado de Mato Grosso, a Bahia apresentou aumento de 15,4% da área plantada, considerando os 307,7 mil hectares atuais em comparação aos 266,6 mil hectares da safra passada.

Ascom Conab

Um dos principais produtores nacionais de algodão, atrás apenas do estado de Mato Grosso, a Bahia apresentou aumento de 15,4% da área plantada, considerando os 307,7 mil hectares atuais em comparação aos 266,6 mil hectares da safra passada. Os dados são do 10° Levantamento da Safra de Grãos, publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (7).

A produção de algodão neste ciclo também deve ser superior à observada na safra 2020/21: estimativa de incremento de 7,9%, podendo alcançar 1,37 milhões de toneladas de algodão em caroço. O crescimento foi impulsionado pelo aumento da área cultivada.

Apesar do aumento em área e produção, a irregularidade da distribuição das chuvas causou decréscimo de 6,5% na produtividade, que deve fechar em 4.441 kg/ha. Na Bahia, as lavouras de sequeiro estão em fase de colheita, enquanto que as irrigadas estão em fase de formação de maçãs, com ótimo desenvolvimento.

Confira outros destaques da produção baiana de grãos.

Milho – A produção total de milho na Bahia – incluindo primeira, segunda e terceira safras – deve chegar em 3,4 milhões de toneladas, um aumento de 25,7% em relação à safra anterior. A área plantada deve fechar o ciclo em 814 mil hectares (+8%) e a produtividade deverá ficar em 4.206 kg/ha (+16,4%).

A colheita do milho 1° safra está em andamento, alcançando 90% da área semeada, com o clima seco favorecendo o avanço. Quanto ao milho 2° safra, observa-se uma limitação do potencial produtivo em razão da restrição hídrica. As lavouras de segunda safra são cultivadas no extremo oeste do estado, em sucessão à lavoura de soja precoce. A colheita deve ocorrer em meados de julho.

Por fim, o milho 3° safra apresentou aumento de área cultivada devido à expectativa de alta nas cotações, com aumento no consumo e boa produtividade. Esta expansão se dá sobre áreas de pastagens e de outras culturas. As lavouras se encontram nas fases de desenvolvimento vegetativo, floração, enchimento de grãos, com ótimo desenvolvimento.

Mamona – Com a tendência de aumento nos preços, foi registrado incremento de 6,7% na área cultivada, fechando o ciclo em 47,6 mil hectares. O bom regime hídrico também possibilitou um expressivo aumento de 57,3% na produtividade, registrando média de 900 kg/ha. Com isso, a produção alcança 42,8 mil toneladas, um aumento de 67,8% em relação à safra anterior. O plantio se estende pelo centro-norte da Bahia, com o manejo predominante de sequeiro, mas com alguns empreendimentos com irrigação por gotejamento para suplementação nos episódios de escassez hídrica, havendo colheita das bagas por praticamente todo o ano.

Sorgo – A produção deve fechar o ciclo em 293,5 mil toneladas, um incremento de 98% em relação à safra anterior, de 148,2 mil toneladas, devido ao aumento de 73,7% na área plantada. As lavouras estão em fase de floração e enchimento de grãos, sendo cultivadas por grandes produtores, com aporte intermediário de tecnologia. O cultivo ocorre no centro-sul, centro-norte e Vale do São Francisco, no período da primeira safra. Já no extremo-oeste, o plantio ocorre em sucessão à lavoura da soja, em cultivo de segunda safra, ambos majoritariamente em regime de sequeiro.

Confira informações sobre a safra de grãos na Bahia e no Brasil no 10° Boletim da Safra de Grãos.

Jornal Nova Fronteira