Coordenadores e Executores de Aviação Agrícola Na base da sustentabilidade no uso da tecnologia
  • Compartilhe:

Para o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, a iniciativa é mais um passo que a entidade dá na promoção da sustentabilidade

Ascom Abapa

A tecnologia da aviação agrícola, adotada há mais de 70 anos no Brasil, se tornou uma das ferramentas mais importantes na produção de grãos e fibras, em um país marcado pelo clima tropical – propenso à proliferação de pragas – e extensões continentais. Mas seu uso requer precisão e cuidados, antes, durante e depois do voo. Isso torna estratégico o trabalho de dois profissionais em solo, o coordenador e o executor agrícola. Para exercer estas funções, a legislação estabelece que é preciso capacitação profissional específica, dentro dos parâmetros do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O não cumprimento deste requisito pode levar a advertências e penalidades em diferentes graus.

Para facilitar o acesso do produtor rural do Oeste da Bahia à capacitação de técnicos agropecuários executores em aviação agrícola e engenheiros agrônomos coordenadores desta atividade, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) abriu inscrições gratuitas para cursos voltados às duas especialidades. Esta capacitação é direcionada, em um primeiro momento, aos funcionários dos associados da entidade, mas a Abapa avalia a possibilidade de estender, futuramente, a iniciativa a outros públicos. Para o treinamento de Executor de Aviação Agrícola (CEAA), as aulas ocorrerão de 04 a 08 de julho. Já para os Coordenadores de Aviação Agrícola (CCAA), a data será de 11 a 16 de julho. Além do Mapa, são parceiros locais da entidade a ABA Manutenção de Aeronaves e empresa Sabri.

Tecnologia com responsabilidade

De acordo com o auditor fiscal federal agropecuário e chefe da Divisão de Defesa Agropecuária (DDA) da Superintendência Federal da Agricultura em Salvador, Cássio Ramos Peixoto, “é preciso alavancar a tecnologia com responsabilidade”, porque há muitos fatores a serem considerados, quando se deseja fazer o melhor uso da aviação agrícola.

“Saber as condições meteorológicas e a direção dos ventos para evitar a deriva e a contaminação de outros cultivos, rebanhos ou pessoas; calcular exatamente a quantidade de produto, de forma a não permitir que ele atinja o solo; ter cuidado com polinizadores, como abelhas, e com toda a fauna e flora em geral, são obrigatoriedades que exigem conhecimento. O MAPA Mapa credencia, autoriza o treinamento e acompanha a execução destes cursos, que foram modelados tendo como referência o trabalho da Escola Nacional de Agropecuária (Enagro) e Associação Brasileira de Aeronaves Agrícolas”, diz Cássio Peixoto.

Para o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, a iniciativa é mais um passo que a entidade dá na promoção da sustentabilidade. “O que queremos fomentar é o uso eficiente desta tecnologia que ajudou o Brasil a alcançar o status de grande supridor de alimentos e fibras têxteis naturais do mundo. Quando todos os parâmetros na aviação agrícola são observados, os benefícios são ambientais, sociais e econômicos”, conclui Bergamaschi.

Jornal Nova Fronteira