SUSTENTABILIDADE: Maestro produz instrumentos de PVC em Angical
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Inovação, sustentabilidade, formação e música. Estes são os conceitos do novo projeto do Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba), em parceria com a Braskem, ao desenvolver a tecnologia de construção de instrumentos sinfônicos de cordas com o plástico PVC.

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Fonte: Neojiba 

Inovação, sustentabilidade, formação e música. Estes são os conceitos do novo projeto do Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba), em parceria com a Braskem, ao desenvolver a tecnologia de construção de instrumentos sinfônicos de cordas com o plástico PVC.

Este Projeto surgiu da iniciativa de Natan Paes, maestro da Filarmônica Filhos do Oeste, de Angical, município de 14 mil habitantes no Oeste baiano, a 840 km de Salvador.

Em 2006, para suprir a carência de instrumentos musicais de seus alunos de iniciação musical, o maestro passou a produzir tambores e flautas a partir do aproveitamento de canos PVC de diferentes espessuras. A partir de 2010, experimentou a produção de violinos e violas, usando a mesma matéria prima, construindo os primeiros protótipos. Estes protótipos foram conhecidos pelo NEOJIBA que abraçou a proposta, com o patrocínio da Braskem. O desafio de aperfeiçoar a ideia foi dado ao luthier suíço André-Marc Huwyler ao lado de David Matos, luthier do Neojiba. “Quando conheci os instrumentos em PVC, estava trabalhando com madeiras ao lado de André-Marc Huwyler. Em parceria com ele e com o músico Alan Jonas, estudei um modelo mais leve e eficaz do violino”, declara David.

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Para Natan, a oportunidade representa a profissionalização da sua experiência e a ampliação do alcance da ação. “Estou muito otimista e com ótimas expectativas com o Projeto. Sozinho eu não ia ter condições de realizar algo desta grandeza. A equipe é maravilhosa e estamos caminhando na direção correta”, afirma o jovem músico, que agora se divide nas atividades de lutheria em Salvador e nos ensinos da prática musical e de luteria com plástico PVC, em Angical.

O grande diferencial deste projeto é possibilitar, com uma técnica artesanal rápida e eficiente, com materiais e custos acessíveis, a construção de instrumentos musicais sinfônicos similares aos originais. A proposta, além de contemplar a inclusão sócio produtiva de jovens luthiers, objetiva o acesso à pratica musical para um número maior de crianças e jovens pertencentes a um contexto social onde instrumentos sinfônicos são caros e de difícil manutenção. “Como o material é de fácil acesso, queremos capacitar os jovens na construção de seus instrumentos para uma iniciação musical saudável”, completa o luthier David Matos, do Neojiba.

Jornal Nova Fronteira