Falta vontade política para resolver a situação dos camelôs e dos vendedores ambulantes de Barreiras
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O ordenamento dos camelôs e dos vendedores ambulantes de Barreiras sempre foi um desafio para as gestões públicas que desde então assumiram o comando da cidade.

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Por Tenório de Sousa | Fonte Novoeste

O ordenamento dos camelôs e dos vendedores ambulantes de Barreiras sempre foi um desafio para as gestões públicas que desde então assumiram o comando da cidade. No início deste atual governo, até que houve uma tentativa do governo municipal em retirar os camelôs das calçadas e reorganizar do Centro de Abastecimento de Barreiras (CAB), mas parece que tudo voltou o que era antes e, até pior, para alguns reclamantes por causa de falta de atitudes concretas e de fiscalizações que não são contínuas.

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Mais recentemente, na manhã da última terça-feira, 24, os agentes da Guarda Municipal de Barreiras, em ação conjunta com a Polícia Civil, fizeram uma operação, no centro comercial do município baiano.

A iniciativa, de acordo com divulgado na imprensa local, teve o objetivo de combater a ocupação e uso indevido das calçadas para fins comerciais. Mais uma vez, a ação aconteceu aos arredores da Caixa Econômica, do Bradesco e do Itaú, locais onde se concentram maior número de vendedores de produtos piratas.

“Acho que se prefeito não quisesse camelôs nas calçadas da cidade deveria se preocupar mesmo é em trazer indústrias e empresas que ofereçam empregos para a população, não tirar o ganha-pão de nossas famílias”, lamentou um vendedor ambulante que não quis ser identificado.

Os camelôs e ambulantes alegaram não ter para onde ir e prometem se reunir com preposto da Prefeitura e Câmara de Vereadores com a finalidade de discutir uma alternativa para que não deixem de trabalhar.

Sensibilizado com a situação de instabilidade dos camelôs e dos vendedores ambulantes na cidade, que se arrasta há décadas e nenhum gestor, até então, nunca tomou uma ação concreta para resolver a questão, o empresário Dó Miguel, lança-se em defesa dos mesmos dizendo que através de suas atitudes próprias de empreender e de trabalhar também fortalecem nossa economia. “Ser camelô, ambulante ou feirante é igualmente uma profissão digna que essa gente humilde encontra para dar sustento digno a sua família”, enfatizou Dó.

Para o empresário, quem passa ou passou por essa luta involuntária é quem sabe suas dificuldades e a dureza cotidiana. “É uma opção que demonstra o quanto a pessoa quer trabalhar ao invés de vagabundar ou roubar, falo isso porque eu e meus irmãos passamos por essa realidade, quando éramos crianças minha mãe Dona Vivi possuía uma barraca de verduras na feira-livre que na época era nos arredores do Mercado Velho, e nós os filhos tínhamos um tabuleiro de vender pão, meu saudoso pai, Pedro da Padaria, era o padeiro da cidade”, nostalgizou.

A pergunta que precisa ser feita é: essa gente irá ganhar o sustento de suas famílias como e aonde? Para o empresário, qualquer pessoa sabe que para resolver de vez qualquer questão, inclusive a dos camelôs e vendedores ambulantes da cidade basta querer ou ter vontade política, provo disso, foi testemunhado por todos a  recente mobilização das autoridades locais para a construção do novo Fórum da cidade, rapidamente encontraram uma área localizada no Colégio Polivalente. Se a Prefeitura tivesse interesse em alocar definitivamente os camelôs e vendedores ambulantes da cidade, já há muito tempo teria negociado com o Estado aquele com o tal propósito.

Outro local que seria o ideal, segundo Dó Miguel, até gostaria de sugerir ao gestor municipal, é o espaço da Cesta do Povo. Por ser um antro de corrupção o governador eleito tem prometido acabar com o órgão. A área é do município, deve estar alugada para o Estado, quanto e por quanto tempo ninguém sabe. “A verdade é que naquela área comportaria um Shopping Popular, o qual resolveria o problema em questão, legalizando a atividade de cada um, as ruas e calçadas ficariam livres, seria bom pra todos, para o ordenamento da cidade e possibilitaria esses cidadãos dignos que querem sair da ilegalidade e trabalhar para o bem estar de suas famílias ofertando produtos e serviços mais baratos e de qualidade”, sugeriu o empresário.

Na compreensão de Dó Miguel, a Prefeitura tem a obrigação de buscar uma solução de como acolher esses trabalhadores, antes de fazer qualquer tipo de repreensão. Não é certo usar ou ocupar ruas, calçadas ou qualquer outro espaço público, tendo ou não permissão da Prefeitura, por que causa vários problemas, além de atrapalhar os pedestres e as lojas.

Jornal Nova Fronteira