Creacionismo X Evolucionismo
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Existem duas concepções opostas e inconciliáveis acerca da origem do Universo e do homem. A primeira, a verdadeira, diz que tudo foi criado por Deus. A segunda, falsa, segundo a qual tudo proveio de geração “espontânea”.

Ronaldo Ausone Lupinacci*

Existem duas concepções opostas e inconciliáveis acerca da origem do Universo e do homem. A primeira, a verdadeira, diz que tudo foi criado por Deus. A segunda, falsa, segundo a qual tudo proveio de geração “espontânea”. Embora a polêmica venha regredindo nos últimos cinquenta anos – em vista das inconsistências do materialismo evolucionista – o assunto ainda é atual, em decorrência da propaganda massacrante realizada no passado, e, apesar de tudo, mantida no presente, e, principalmente, da impiedade (desvio culposo das inteligências) que envenenou o pensamento, erigindo em dogma uma teoria cerebrina sem qualquer respaldo racional, vale dizer, sem base, seja nas ciências naturais seja na Metafísica.

Não é preciso recorrer à Fé para constatar, intuitivamente, que o materialismo evolucionista carece de base lógica simplesmente porque inexiste efeito sem causa que o tenha provocado. Mas, sejam as dimensões extraordinárias do Universo, seja a magnífica ordenação nele existente confirmada cientificamente hoje – tanto no macrocosmo como no microcosmo – levam à conclusão de que somente um ser infinitamente poderoso e inteligente poderia tê-lo criado, e, este ser é Deus.

Para mim as singelas considerações acima são perfeitamente suficientes para refutar o evolucionismo. Entretanto, o progresso da ciência vem confirmando a tese do “intelligent design”, ou seja, da Criação. Embora esta expressão (“intelligent design”) tivesse sido usada pela primeira vez por William Paley (1743-1805) é certo que a idéia nela embutida remontava a milênios porque não se poderia admitir que sem uma inteligência superior tivesse sido “desenhado” o mundo que conhecemos.

A doutrina evolucionista se expandiu a partir do livro intitulado “A Origem das Espécies”, escrito por Charles Darwin em 1859. Mas, se alastrou em razão de avassaladora propaganda cujo objetivo consistia em consolidar o laicismo oriundo da Revolução Francesa de 1789, ou seja, minar as convicções religiosas então imperantes nas mentalidades e nas instituições.

O evolucionismo de Darwin passou a ser imposto nas escolas secundárias e superiores como única explicação para o aparecimento e o desenvolvimento dos seres vivos. A afirmação de Darwin segundo a qual o homem proveio de evolução do macaco, e este, de sucessivas formas de vida mais primitivas, não goza de amparo em qualquer prova.  Contudo, para “consolidar” a falsidade os evolucionistas, durante muito tempo, se serviram de uma grosseira fraude que ficou conhecida como “o homem de Piltdown”[1].  Afirma-se que a fraude persistiu por tanto tempo em decorrência de “forças muito poderosas” que desejavam mantê-la encoberta e que sabotaram a identificação do incógnito falsificador. A fraude consistiu em enterrar, misturados, ossos de um homem com não mais de 1.000 anos e de uma fêmea de orangotango, bem mais nova, manchados com dicromato de potássio (agente oxidante) para parecerem velhos. São as mesmas “forças muito poderosas” que, tiranicamente, sustentam o mito do aquecimento global e a perversa ideologia de gênero.

Qualquer doutrina ou teoria que se valha de fraudes para se espalhar não merece a menor credibilidade. E, talvez por isso, cientistas mais recentes aprofundaram suas pesquisas no campo da Astronomia e da Biologia buscando respostas claras para a origem do Universo.  É indispensável neste contexto tomar em consideração a advertência de Albert Einstein lançada no livro “The World as I see” segundo a qual as leis do Universo revelam uma inteligência de uma tal superioridade, que comparado com ela todo o pensar humano é insignificante[2].

No âmbito da Astronomia o padre jesuíta Jorge Loring percorreu os melhores observatórios existentes no mundo e entrevistou inúmeros cientistas condensando sua pesquisa em livro sobre Deus, no qual menciona dados impressionantes como, por exemplo, as dimensões dos astros, as distâncias que os separam, para realçar a ordem e a precisão dos respectivos movimentos, comparando-os aos mais sofisticados mecanismos criados pelo homem. A fundação norte-americana Illustra Media publicou  DVD onde reuniu estudos de grandes astrônomos que chegaram à conclusão de que houve uma inteligência e um poder superior que planejou e criou a ordem do Universo. Para se ter uma pálida idéia das gigantescas dimensões do Universo  basta fixar os olhos em alguns dos dados coligidos por Jorge Loring:

– a velocidade da luz (300.000 km por segundo) é limite máximo insuperável segundo Einstein, e, percorre em um ano a distância igual a 236 milhões de voltas em torno da Terra;

– o astro mais longínquo detectado pelos radiotelescópios é a rádio-estrela Quasar PKS 2000-330 que se situa a quinze bilhões de anos-luz da Terra e a maior rádio-estrela conhecida é a DA-240 que tem o diâmetro de seis milhões de anos-luz[3].

A explicação do “desenho inteligente” foi reforçada pela teoria do “Big Bang” segundo a qual, na origem, toda a matéria estava concentrada, e, por efeito de uma grande explosão (o “Big Bang”) ocorrida presumidamente há quinze bilhões de anos, passou a se expandir em velocidade próxima à da luz; esta teoria foi montada a partir da observação de fenômenos do Universo e de cálculos físico-matemáticos[4].

No campo da Biologia a necessidade de um “desenhista” é ainda maior porque nela interagem também as complexidades da Física e da Química.  A mesma Ilustra Media publicou DVD retratando o trabalho de um grupo de biólogos, insatisfeitos com a falta de fundamento científico das hipóteses evolucionistas, e que resultou na adesão de todos ao “intelligent design”.

Analisando a forma mais elementar de vida (que corresponde à célula) chegou-se à conclusão de que ela é formada por um sistema extremamente complexo de órgãos e funções, e dotada de um código genético que transmite para os seus descendentes. A partir desses conhecimentos definiu-se o novo conceito de “complexidade irredutível”, segundo o qual, se das formas mais primitivas de vida for eliminado um único elemento, o ser vivo já não pode existir, pois não é mais capaz de executar suas funções vitais. O DNA de uma célula pode conter até três bilhões de informações genéticas, e todas elas têm de estar corretamente ordenadas para que a célula possa existir e cumprir suas funções. Passar do estado de substância química para o de célula viva, mesmo a mais elementar, supõe um passo gigantesco fora das possibilidades do acaso ou da lei de probabilidades. Como são os códigos genéticos que determinam o desenvolvimento dos órgãos e das funções para que um órgão se desenvolva é preciso que o respectivo código genético preexista.

As informações muitíssimo resumidas acima visam estimular o leitor a fazer suas próprias pesquisas e refletir, para não ser arrastado pela opinião imposta pela mídia e por inúmeros governos.

As novas descobertas científicas nos levam a meditar sobre a fantástica obra da Criação e, assim, nos conduzir até Deus, confirmando o que a Fé nos ensina.

* O autor é advogado.

[1] https://www.publico.pt/2003/11/21/ciencia/noticia/fraude-do-homem-de-piltdown-foi-desmascarada-ha-50-anos-1176444.
[2]Ver em http://catolicismo.com.br/materia/materia.cfm/idmat/4FBED78F-F840-ABFD-AEBD0487AF2E561F/mes/Julho2005 o estudo que serviu de base para este artigo.
[3] O ano luz equivale à distância percorrida pela luz à velocidade de 300.000km por segundo em um ano.
[4] https://www.todamateria.com.br/teoria-do-big-bang/
Jornal Nova Fronteira