Ronaldo Ausone Lupinacci*
Vivíamos sob pressão da “psicose ambientalista”, título de livro muito bem fundamentado escrito por Dom Bertrand de Orleans e Bragança[1], quando fomos apanhados por outra psicose, talvez mais nociva: a do coronavírus. Diante de contestações sólidas, a psicose ambientalista vinha refluindo no descrédito, sem que tivesse conseguido – como arma da guerra psicológica – nem espalhar o pânico na sociedade, nem tampouco travar a atividade econômica, apesar da difusão diária de noticiário mentiroso ou tendencioso[2]. Todavia, a psicose virótica parecer ter chegado com muito maior impacto, gerando confusão, medo, paralisação da economia e tudo o mais que se vê hoje no noticiário marcadamente alarmista. Este assunto se presta a análise de vários ângulos distintos. Examinarei alguns deles.
Não resta dúvida de que o coronavírus teve início na China, país que desde 1949 vive sob ditadura comunista. Se não é certo que o vírus foi criado ou modificado em laboratório, é certo que a China, de modo oportunista, se aproveitou do fato para irradiar intranqüilidade no mundo todo. Esta intranqüilidade foi impulsionada pelos meios de comunicação social (a “mídia”) sabidamente influenciados, se não comandados pelo comunismo[3]. Qual o interesse da China e de seus asseclas em provocar conturbação de tal magnitude? A meu ver existem dois objetivos principais. O primeiro o de levar ao caos as economias dos países capitalistas. O segundo de auferir vantagens econômicas para a própria China.
Não é segredo que o comunismo consiste em seita imperialista que quer se impor a todos os povos. Não alcançou este objetivo pela persuasão, e, nem mesmo pelo uso da força, mas vem tendo êxitos impressionantes pelo recurso à fraude. Exemplo disso é o Brasil, sujeito durante muito tempo ao governo do PT e de seus comparsas corruptos.
A grande fraude que os ocidentais não perceberam, ou não quiseram perceber, foi a da suposta “conversão” da China ao capitalismo. Ora, é uma evidência de furar os olhos que os dirigentes chineses não abandonaram a ideologia comunista, e procuram impô-la também ao enclave de Hong Kong e à ilha de Formosa, sem contar o apoio a governos similares, como, por exemplo, o da Venezuela. Dentro da China, os dirigentes comunistas mantém uma ditadura feroz e implacável. O que os levou a “aderir” ao capitalismo na economia? Não aderiram coisa alguma. Sabendo ser o capitalismo eficaz para produzir riqueza seduziram a burguesia cega e idiota do Ocidente (do Brasil inclusive) para que lhes fornecesse os recursos que os tirassem da miséria em que se debatiam. Estabeleceram concessão provisória e limitada ao capitalismo, a ser removida assim que as circunstâncias o permitissem. Unindo os capitais do Ocidente e o trabalho escravo chinês os comunistas obtiveram reais êxitos econômicos.
Qualquer observador político isento seria capaz de desconfiar de que a mudança de rumos do marxismo para o capitalismo não passou de engodo, e, que a China preparou armadilha mortal para o Ocidente porque de uma hora para outra pode retornar à ortodoxia comunista e levar à bancarrota toda a economia ocidental. Chegou a hora de por em ação a armadilha? Não se pode saber com certeza se isso ocorrerá já, ou ainda haverá algum tempo de espera. Mas a arataca foi montada para ser utilizada. Seria a famosa “corda de Lenin” que os capitalistas venderiam aos comunistas para serem enforcados, como ocorreu na Rússia na década de 1920?[4]
Uma crise econômica descomunal traria o ambiente propício para convulsões sociais nos países livres, criando condições para revoluções e guerras civis tendentes a implantar o comunismo no mundo inteiro. E, creio que aí reside a esperança dos líderes comunistas mundiais, dentre os quais os chineses. E é isso que parece estar ocorrendo, motivo pelo qual o “comunavírus” se mostra mais ameaçador do que o coronavírus.
Há outro dado a considerar. Os comunistas não se incomodam com cadáveres. A implantação do comunismo na China em 1949 custou perto de 10 milhões de vidas, e, muitas mais se perderam durante a imposição daquele regime até a Revolução Cultural lançada por Mao Tse Tung em 1966. O “Livro Negro do Comunismo” traz provas irrefutáveis a respeito dos crimes cometidos na China e em outros países dominados pela seita[5].
A crise desencadeada pelo vírus chinês se desdobra em vários efeitos. Mais do que o sanitário – pelo menos até o momento – transparecem o caos econômico e o caos psicológico.Tais efeitos não atingem apenas, nem principalmente o Brasil, mas o mundo todo. Portanto, é lícito concluir que os comunistas chineses não só previram as conseqüências de seu comportamento, como as provocaram, deliberadamente.
Como em casa onde falta pão todo mundo grita e ninguém tem razão é de se prever que a devastadora crise econômica já em curso irá gerar desentendimentos, discórdias, conflitos, tanto mais porque a opinião pública foi induzida a um estado de excepcional excitação pelo noticiário sensacionalista.
Não nego que exista o perigo da doença virótica. Mas, ele não é tão grave como alardearam a mídia e os políticos. Em abono do que afirmei trago os depoimentos qualificados de Osmar Terra[6], médico experiente e ex-ministro, e de Luciana Pricoli Vilela, médica geriatra, para quem “a gripe comum mata muito mais que o coronavírus, e o que preocupa essa pandemia, essa disseminação de histeria, são informações que chegam a todo momento na rede mundial de comunicação.”[7]. Poderia citar muitos outros. O exagero evidente do noticiário se explica por objetivos estratégicos e táticos, político-ideológicos e econômicos do “governo dos governos”.
Em paralelo, a mídia e os partidos políticos esquerdistas estão se aproveitando do ambiente conturbado para desestabilizar o País, já de olho nas convulsões sociais que irão patrocinar em breve. Vale tudo: distorção, desinformação, acusações infundadas.
Outro aspecto de todo esse cenário reside na implantação de medidas excepcionais de restrição na liberdade de ir e vir, à semelhança dos “campos de reeducação” impostos pelos comunistas aos povos por ele escravizados e que, então, já estariam sendo estabelecidas para acostumar os espíritos à ditadura férrea, sob o pretexto da proteção sanitária[8].
Um derradeiro comentário. Estamos efetivamente diante de situação gravíssima não só nem principalmente de saúde pública, mas do risco de brutal empobrecimento e de conflitos sociais. As pestes que de tempos em tempos nos afligem – tanto quanto as guerras – são atribuídas aos pecados da Humanidade. Pecado é o que não falta da sociedade contemporânea. E, como mal espiritual, só pode ser combatido eficazmente com orações e outras práticas piedosas. Ademais, os tempos futuros indicarão a importância insubstituível da caridade cristã para mitigar os males oriundos dos desvios de conduta. O empobrecimento agora se apresenta como irreversível e espero que não seja duradouro. Voltarei ao tema oportunamente.
* O autor é advogado.