Tradição do Nazaro reúne centenas de pessoas na manifestação cultural em Barreiras
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Centenas de pessoas participaram, nesta quarta-feira de cinzas, 14, do tradicional enterro do Nazaro, uma autêntica tradição cultural de Barreiras. Vestidos de branco e munidos de farinha de trigo e ovos, os participantes percorreram as ruas do Centro Histórico

Fonte Dircom

Centenas de pessoas participaram, nesta quarta-feira de cinzas, 14, do tradicional enterro do Nazaro, uma autêntica tradição cultural de Barreiras. Vestidos de branco e munidos de farinha de trigo e ovos, os participantes percorreram as ruas do Centro Histórico com muita descontração, entoando o grito de guerra característico: “Nazaro morreu com o peido que deu do feijão podre que comeu”.

A celebração, que remonta a muitos anos, tem como pano de fundo a história popular da morte do Nazaro, um homem que, segundo a tradição, faleceu após ingerir um feijão estragado oferecido pelos organizadores do carnaval. Como forma de protesto, os populares realizam o enterro de Nazaro, percorrendo as ruas de Barreiras e jogando coisas podres e fezes nas casas e pessoas. Atualmente, a tradição foi remodelada e adaptada aos novos padrões, transformando-se em uma festa de celebração e alegria.

Para garantir a segurança de todos, o evento contou com o apoio da Guarda Civil Municipal. Como em anos anteriores, a manifestação percorreu também as ruas do bairro Vila Amorim, reforçando a tradição e a importância cultural desse evento em Barreiras. “O Nazaro é esperado por todos, as crianças se divertem muito no dia, as portas ficam cheias para ver passar e correr deles. Há uma organização para evitar acidentes e para não mexer com idosos, crianças e trabalhadores que chegam do serviço no momento da manifestação”, destaca o participante da Vila Amorim, Juliano Francisco de Jesus.

O evento, reconhecido como Patrimônio Imaterial Cultural de Barreiras através da Lei nº 1.266, aprovada em 13 de setembro de 2017, conta com a participação ativa da população. Durante o cortejo, a figura do Nazaro é carregada em uma rede pelos participantes, acompanhada pela viúva, que segue o trajeto imitando um pranto de dor. Os demais participantes usam lençóis e panos para se vestir e cobrir os rostos.

Jornal Nova Fronteira