Reunião em Barreiras discute Cadeia Produtiva do Alho
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Da redação JornalNF Uma reunião ocorrida na manhã de hoje, 14, no escritório da Bahiater, em Barreiras, serviu para discutir o fortalecimento da Cadeia Produtiva do Alho no Oeste da Bahia e a elaboração de uma planília de custos para o plantio de um hectare da cultura. Participaram do encontro representantes do Banco do Nordeste […]

Da redação JornalNF

Uma reunião ocorrida na manhã de hoje, 14, no escritório da Bahiater, em Barreiras, serviu para discutir o fortalecimento da Cadeia Produtiva do Alho no Oeste da Bahia e a elaboração de uma planília de custos para o plantio de um hectare da cultura.

Participaram do encontro representantes do Banco do Nordeste (BNB), técnicos e gerência da Bahiater (escritório Barreiras), produtores de alho, secretários municipais de agricultura e demais técnicos envolvidos na produção da cultura na região.

Essa planília de custos tem por objetivo balizar custeios agrícolas por parte do Banco do Nordeste, uma das principais entidades creditícias que trabalham com pequenos produtores rurais.

Segundo Carlos Augusto Araújo Santos, gerente regional do escritório da Bahiater em Barreiras, após a elaboração dessa tabela de custos, a Bahiater fortalecerá ainda mais o trabalho de apoio aos produtores de alho do Oeste da Bahia. “Posteriormente partiremos para um sistema de produção de alho nos municípios de Cristópolis, Cotegipe, Angical, Riachão das Neves, entre outros. Essa planília de custos servirá de base para que o BNB possa financiar os produtores da Bacia do Rio Grande”.

Para o produtor de sementes de alho, José Borges de Brito, mais conhecido em Cristópolis por Valdez, a disponibilidade de crédito é insuficiente e é um dos principais empecilhos no crescimento da produção do alho na região. “Quase em sua totalidade, os produtores de alho são pequenos agricultores e trabalhamos com recursos próprios por falta de uma política de crédito por parte dos bancos. É necessário a elaboração de uma tabela de custos por hectare para que o banco possa emprestar o que realmente os produtores necessitam, além de oferecer condições justas para que os agricultores possam honrar com seus compromissos, uma vez que a cultura é de ciclo curto, mas com alto investimento por hectare”, disse o produtor.

Adilson Nascimento de Souza, secretário de agricultura do município de Cristópolis, comentou que devido ao alto custo de produção da cultura, a qualidade do produto ofertado anteriormente e por ela ser praticamente plantada por pequenos produtores e a falta de crédito específico, fez regredir a produção de alho no município. “Agora, depois que a Embrapa realizou o trabalho de melhoramento de sementes em Cristópolis, apresentando cultivares mais resistentes e produtivas e o Banco do Nordeste sinalizando financiar os produtores, a tendência é que a produção volte a aumentar na região, já bastante conhecida nacionalmente pelo alho aqui produzido”.

Representando o Banco do Nordeste, Mario Sérgio Araújo afirmou que essa reunião foi uma proposta do banco, em conjunto com a Bahiater, semelhante ao que foi realizado no passado com os produtores de café e de algodão. “O banco não tinha parâmetros para financiar essas culturas. Baseado nisso, convocamos os interessados e em reuniões técnicas fizemos a elaboração da cota cultural do café e do algodão e, de posse desses parâmetros, disponibilizamos linhas de crédito para essas culturas. O mesmo será feito para outras culturas, a exemplo do alho. Temos conhecimento que outros agentes financeiros da região financiam a cultura do alho, mas os recursos disponibilizados não cobrem, talvez 50% do necessário para produzir com alta tecnologia. Enfim, o que o banco está propondo e o que se busca nessa reunião é elaborar uma cota cultural para o alho, que seja coerente com as necessidades da cultura”, relatou Mario Sério.

O representante do banco ressaltou ainda a importância da participação do produtor em reuniões como essa. Não adianta o banco chegar aqui e dizer que tem ‘X’ recurso para financiar, pois esse recurso pode não ser o suficiente para que seja empregada alta tecnologia, capaz de tirar o máximo que a cultura pode oferecer em produção.

Jornal Nova Fronteira