Produtores baianos desembarcam na Ásia para fomentar exportações do algodão
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Ao desembarcar na Ásia, no último domingo, 01, os produtores baianos passaram a integrar uma missão que pretende abrir mais espaço para o algodão brasileiro no mercado internacional. A agenda teve início na segunda-feira, 02, pela cidade de Shanghai, na China, onde eles visitaram as instalações do Texhong Textile Group Limited, um dos maiores consumidores de algodão do Mundo.

Ascom Abapa

Ao desembarcar na Ásia, no último domingo, 01, os produtores baianos passaram a integrar uma missão que pretende abrir mais espaço para o algodão brasileiro no mercado internacional. A agenda teve início na segunda-feira, 02, pela cidade de Shanghai, na China, onde eles visitaram as instalações do Texhong Textile Group Limited, um dos maiores consumidores de algodão do Mundo. Ao incorporar a comitiva, o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Júlio Cézar Busato, e o vice-presidente, Paulo Schmidt, participam da agenda da Missão Vendedores 2019, organizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que prevê reuniões com industriais, traders, visitas aos polos têxteis e eventos de relacionamento organizados pela própria Abrapa.

No primeiro compromisso oficial, os produtores conferiram o processo de transformação da fibra em tecido percebendo quais as demandas das indústrias têxteis da Ásia para a aquisição da fibra. A Texhong Textile é considerada a maior consumidora de algodão do Mundo com consumo em torno de 700 mil toneladas de algodão por ano. Pela primeira vez integrando a Missão Vendedores, Paulo Schmidt, acredita que este intercâmbio de informações entre os produtores brasileiros e compradores internacionais tem sido fundamental para fechar novos contratos com os países da Ásia, atualmente os principais compradores da fibra nacional.

“Os resultados destas visitas são promissores e devem se revertem em mais no incremento da comercialização do algodão brasileiro. Vir para a Ásia e conversar os executivos e técnicos das indústrias compradores de algodão é um aprendizado para entender as expectativas deles em relação à qualidade da fibra que produzimos no Brasil. É possível avaliar possíveis melhorias em processos para adequar o nosso produto ao exigente mercado internacional possibilitando um incremento das negociações”, afirma. Na terça-feira, 03, a agenda prosseguiu na costa leste, na cidade de Ningbo, ainda na China, onde visitaram a indústria Bros Eastern CO, que consome 200 mil toneladas de algodão por ano, e nesta quarta-feira, 04, as instalações da Ruyi Home Textiles CO., na cidade de Jining.

Ao participar pelo segundo ano consecutivo da Missão Vendedores, o presidente da Abapa e vice-presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, acredita que o intercâmbio de informações entre os produtores brasileiros e compradores internacionais tem sido fundamental para fechar novos contratos com os países da Ásia, atualmente os principais compradores da fibra nacional. “Esse contato direto permite leva maior credibilidade e transparência sobre as informações da fibra brasileira perante o mercado internacional. Temos uma produção tecnificada, com respeito aos protocolos internacionais de sustentabilidade e às legislações ambiental e trabalhista, além das ações em responsabilidade socioambiental desenvolvido pelos agricultores brasileiros. Tudo isto deve ser reforçado em todas as visitas, pois é levado em consideração na hora de fechar negócios”, afirma.

Ao longo dos compromissos da agenda oficial na China e no Vietnã, que se estenderá até o dia 13 de setembro, os produtores vão participar de reuniões com industriais, traders, visitas aos polos têxteis e eventos promovidos pela Abrapa. Com ritmo de expansão da produção, o Brasil deve produzir um total de 2,8 milhões de toneladas de pluma. Segundo maior produtor brasileiro, a Bahia deverá produzir 1,5 milhão de toneladas de algodão, com um incremento de 15% em relação à safra passada. Atualmente, cerca de 40% do algodão baiano são exportados para países asiáticos, como China, Indonésia, Bangladesh e Vietnã e 60% são comercializados junto à indústrias têxtis no Brasil. A Missão Vendedores terá agenda oficial até o dia 13 de setembro, e visitará indústrias têxteis da China e Vietnã, na Ásia.

Jornal Nova Fronteira