Morre o Membro da ABL, Claudio Wanderley de Carvalho
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Membro da Academia Barreirense de Letras (ABL), Claudio Wanderley de Carvalho, 84 anos, morreu hoje, 09, pela manhã no Hospital do Oeste, onde estava internado desde a semana passada, depois de sofrer mais um acidente vascular cerebral isquêmico (AVC)

Ascom ABL

Membro da Academia Barreirense de Letras (ABL), Claudio Wanderley de Carvalho, 84 anos, morreu hoje, 09, pela manhã no Hospital do Oeste, onde estava internado desde a semana passada, depois de sofrer mais um acidente vascular cerebral isquêmico (AVC), problema de saúde que ele enfrentava há mais de dois anos e que foi afetando sua vitalidade.

O corpo está sendo velado na residência da família, em frente à praça Duque de Caxias (do Coreto), nº 79, no Centro Histórico e o sepultamento está previsto para amanhã, às 9h no cemitério São João Batista.

A passagem do confrade Claudio Wanderley enlutou os demais membros da ABL, que lamentam a perda de mais um companheiro. Ele muito honrou a entidade com sua seriedade, deixando uma lacuna na academia, que completou 15 anos em maio deste ano.

Foi um poeta e teve músicas compostas em parceria com os filhos gravadas por eles, como Martiniano e Rivelino Silva de Carvalho (este último in memorian) que empresta seu nome ao Centro Cultural de Barreiras. Como escritor, Claudio contou suas lembranças e histórias no livro “Breves memórias da terra do já teve…”. assinado com o filho jornalista Luiz Espanha.

Nos mais de 80 anos bem vividos, ele emprestou sua voz para anúncios em alto falantes, em emissoras de rádio, e para animar comícios em Barreiras e cidades vizinhas como São Desidério e Riachão das Neves, dois municípios que contaram com seu empenho para a emancipação.

Na sua trajetória de vida foi funcionário da antiga Comissão do Vale do São Francisco, responsável pelo recenseamento do gado da região oeste da Bahia. Também atuou como vendedor de terras, como antiquário sertanejo garimpador de móveis, imagens e utensílios da Bahia e do Brasil de outras décadas e séculos. Foi ainda garimpeiro no sertão baiano, prático dentista e taxista, o primeiro da cidade.

A política foi uma das suas grandes paixões. Foi vereador em plena ditadura, na época o mais votado do MDB. Sempre gostou de contar histórias e lembrava orgulhoso que seu compromisso com as lutas populares o levou à prisão. “Entrei e sai de cabeça erguida, por que a briga era justa e dignidade não se compra e não se vende”, relembrava.

Sempre crítico, apresentou projetos e aprovou leis importantes como a que tombou o Paço Municipal, que agora será a casa da ABL. Foi também presidente do PDT, ajudando a organizar o partido em toda região.

Jornal Nova Fronteira