Moradores das comunidades de Olaria, Barro Alto e Varas, município de Tabocas de Brejo Velho, Oeste da Bahia, se mobilizaram e bloquearam o acesso do lixão, distante 1,2 quilômetro do centro da cidade, impedindo que os caminhões que fazem a coleta continuem depositando o material no local.
Segundo relatos da população, o prefeito Humberto Pereira da Silva (Beto) vem descumprindo a legislação de tratamento de resíduos sólidos. Eles alegam ainda que funcionários da Prefeitura costumam colocar fogo no lixão, fazendo com que a fumaça invada as casas dos moradores. Outras denúncias feitas pelos moradores, é quanto ao mau cheiro, a proliferação dos insetos e o chorume dos resíduos que acaba escorrendo para os riachos que existem no local.
Os moradores dessas comunidades alegam que levaram um abaixo assinado até a prefeitura municipal e que foi entregue ao prefeito. Mesmo concordando com os problemas causados, o prefeito se recusa a mudar o lixão de local. Os moradores afirmam que o material começou a ser depositado arbitrariamente no local a partir de 2015, mesmo não tendo lei na câmara municipal autorizando o descarte do material no local escolhido pelo prefeito.
Relatório feito pelo Inema condena o espaço escolhido para a implantação do lixão e o Ministério Público Estadual (MPE), através do promotor Eduardo Bittencourt, executou extrajudicialmente o município de Tabocas do Brejo Velho em dois processos que tramitam no Fórum de Serra Dourada, um de um milhão de reais e outro de dois milhões e seiscentos e vinte mil reais, em virtude de descomprimento de Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinados pelo município junto ao MPE. A comunidade afirma que tanto o atual prefeito, Humberto Pereira da Silva (Beto) como gestores anteriores, assinaram TACs com o MPE e descumpriram.
Hoje, 05, os moradores acabaram liberando um caminhão pipa que a Prefeitura enviou para apagar o fogo e diminuir a fumaça que estava invadindo as residências.
