Ibama embarga 3.380 hectares desmatados ilegalmente no Oeste da Bahia
  • Compartilhe:

A Operação Mandacaru I foi realizada nos municípios de Santana, São Félix do Coribe, Sítio do Mato, Coribe, Carinhanha, Serra do Ramalho e Santa Maria da Vitória.

Fonte Ascom Ibama

O Ibama concluiu nesta semana operação de combate ao desmatamento ilegal do bioma caatinga na região da bacia do rio São Francisco que resultou no embargo de 3.380 hectares, área equivalente a 3.300 campos de futebol.

Os proprietários dos terrenos foram identificados, autuados e responderão na justiça por crime ambiental, além de serem obrigados a recuperar as áreas degradadas. As multas superam R$ 5,8 milhões.

A Operação Mandacaru I foi realizada nos municípios de Santana, São Félix do Coribe, Sítio do Mato, Coribe, Carinhanha, Serra do Ramalho e Santa Maria da Vitória.

De acordo com os agentes ambientais federais que participaram da ação, o desmatamento foi realizado para ampliação de atividades agropecuárias, em especial a criação de gado, sem licença dos órgãos ambientais.

O desmatamento ilegal na caatinga empobrece o solo, provoca o assoreamento dos rios e elimina o habitat de diversos animais silvestres. Também contribui para o aumento dos níveis de gás carbônico na atmosfera, acelerando mudanças climáticas.

De acordo com a superintendente do Ibama na Bahia, Lívia Martins, a operação realizada na caatinga terá continuidade ao longo do ano.

Dia da caatinga

Em 28 de abril é comemorado o dia da caatinga. A data foi instituída há 20 anos para tornar mais conhecido o único bioma exclusivamente brasileiro.

Estima-se que a caatinga, situada majoritariamente na região nordeste, ocupe aproximadamente 10% do território brasileiro. Embora abrigue enorme biodiversidade, o bioma já perdeu 50% de sua área original. Da extensão remanescente, somente 8% está em unidades de conservação.

A caatinga também abriga expressiva diversidade cultural. Sua população, de aproximadamente 20 milhões de pessoas, engloba povos tradicionais, quilombolas e 35 etnias indígenas.

Jornal Nova Fronteira