Governo Municipal realiza Audiência pública contra abuso e exploração sexual infantil em São Desidério
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O Auditório da Câmara de Vereadores de São Desidério ficou lotado na noite de ontem, 29, durante a audiência pública em combate ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes. O evento foi realizado pela Secretaria de Assistência Social e contou com a participação do prefeito Zé Carlos, secretários de governo, vereadores, delegado Carlos Ferro, membros do Conselho Tutelar, palestrantes convidados e comunidade em geral.

Texto e fotos Jackeline Bispo

O Auditório da Câmara de Vereadores de São Desidério ficou lotado na noite de ontem, 29, durante a audiência pública em combate ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes. O evento foi realizado pela Secretaria de Assistência Social e contou com a participação do prefeito Zé Carlos, secretários de governo, vereadores, delegado Carlos Ferro, membros do Conselho Tutelar, palestrantes convidados e comunidade em geral.

A audiência contou com uma programação especial que objetivou informar, prevenir e alertar sobre a importância do tema. “Agradecemos a todos que estão empenhados nesse trabalho, nossa meta é levar orientação às crianças e adolescentes por meio das escolas, e à comunidade, por meio desses momentos de debate, continuaremos realizando ações em busca da proteção de nossas crianças e adolescentes”, comentou a secretária de Assistência Social, Vandreia Mendes.

O trabalho de orientação e divulgação da temática começou no início do mês de maio e segue até atingir todas as escolas municipais, estaduais e particulares da sede e zona rural do município. Atividades paralelas em pontos estratégicos da cidade, no Centro de Referência de Assistência Social e no distrito de Roda Velha também compõem o projeto intitulado, Faça Bonito. “Só no campo temos 5.380 estudantes, precisamos estar acessíveis a essa clientela escolar para acompanhar e estar atentos às situações, por isso seremos sempre parceiros dos trabalhos propostos em benefício dos nossos alunos”, revelou a secretária de Educação, Iléia Almeida.

“A polícia civil tem atuado contra as denúncias que são feitas, infelizmente muita gente se cala, em outros casos a denúncia é feita muito tempo depois e os acusados fogem dificultando a punição”, avaliou o delegado da Polícia Civil Carlos Ferro, ao analisar a importância da união entre as várias esferas sociais nessa luta. “A Assistência Social é um instrumento valioso no sentido de ajudar a atender as crianças e adolescentes que passam por essa situação, pois têm profissionais como psicólogos e assistentes sociais aptos a extrair dos violentados as provas necessárias”, completa. Ele alertou ainda que divulgar e expor quem sofreu abuso é crime.

O palestrante e advogado Delbo Augusto Corado informou sobre os procedimentos legais na busca de provas para os casos e lembrou que a criança não pode ser tratada como uma coisa que tem dono, mas sim como indivíduo com direitos. “Com a constituição de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente, devemos garantir a elas o direito á integridade física, psíquica e moral com prioridade absoluta”.

Apresentação musical, teatro, dança e vídeo fizeram parte da programação que também contou com momento de bate-papo entre os participantes. “Às vezes as crianças e adolescentes não conseguem entender a diferença entre um toque de afeto ou de abuso, por nunca ter tido afeto, por isso é nosso dever tratar de assuntos como sexo, cuidados com o corpo, mostrando essa diferença, além de orientar que eles não estão preparados físico, biológico e psicologicamente para o ato sexual”, atentou o representante do Conselho Regional de Psicologia, Erick Gamaliel.

A violência sexual pode ocorrer de duas formas, o abuso sexual (quando a pessoa utiliza do corpo da criança ou do adolescente para a prática de qualquer ato sexual) e a exploração sexual (caracteriza-se pela utilização sexual da criança ou adolescente com intenção de lucro ou troca). “É triste e inadmissível saber que a maioria dos casos acontecem no meio da família, devemos lutar contra esses atos e respeitar nossas crianças e adolescentes, daremos total apoio aos trabalhos propostos pela Assistência Social no combate a este grave problema”, comentou o prefeito Zé Carlos.

Jornal Nova Fronteira