Comissão de Agricultura reúne com secretários de Estado para ouvir demandas dos produtores de leite da Bahia
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Com a presença do secretário de Agricultura Lucas Teixeira Costa, além de representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB), Superintendência do Banco do Brasil, do Banco do Nordeste e da Desenbahia, Agência de Desenvolvimento Agropecuário da Bahia (Adab), especialistas, técnicos e produtores, a Comissão de Agricultura da Alba, sob a presidência da deputada Jusmari Oliveira, debateu nesta terça-feira, 24, a cadeia produtiva do leite.

Ascom Jusmari Oliveira

Com a presença do secretário de Agricultura Lucas Teixeira Costa, além de representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB), Superintendência do Banco do Brasil, do Banco do Nordeste e da Desenbahia, Agência de Desenvolvimento Agropecuário da Bahia (Adab), especialistas, técnicos e produtores, a Comissão de Agricultura da Alba, sob a presidência da deputada Jusmari Oliveira, debateu nesta terça-feira, 24, a cadeia produtiva do leite. A reunião durou mais de quatro horas e teve uma grande participação de varias regiões da Bahia. “Estou muito satisfeita pois os representantes das bacias leiteiras participaram ativamente e debateram questões muito importantes para o setor”, disse a deputada Jusmari.

O secretário Lucas Costa foi o primeiro a falar e ressaltou o trabalho que a Seagri vem fazendo para modernizar e estimular a produção de leite. Ele disse que a Bahia sofreu com uma estiagem prolongada, mas com o retorno das chuvas e as providências tomadas pelo governo do Estado, o ritmo é de recuperação e crescimento. “Nós somos parceiros do produtor rural e temos buscado estimular novas tecnologias para o desenvolvimento da atividade através dos diversos programas da Seagri”.

O secretário também fez um balanço das atividades e apresentou diversos gráficos mostrando a evolução dos números e todo um acompanhamento técnico desenvolvido pela Seagri sobre a cadeia produtiva do leite. No final da sua fala, ele elogiou a iniciativa da deputada Jusmari Oliveira em promover audiências públicas que estão colocando a Alba como uma das principais protagonistas na busca de soluções para os problemas enfrentados pela agropecuária baiana.

Jeandro Ribeiro, falando em nome da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), afirmou que o incremento na produção de leite depende de investimentos em asistência técnica e ação integrada entre os diversos setores produtivos. “A Bahia produz quase 900 milhões de litros de leite por ano, mas há cenário para crescimento. Temos 108 mil propriedades que produzem leite e com o trabalho que vem sendo feito, é possível expandir essa produção”.

Tanto o Superintendente do Banco do Brasil, Amauri Vasconcelos, quanto o representante do Banco do Nordeste, Ticiano Arraes Sydrião de Alencar falaram sobre o fortalecimento da cadeia produtiva do leite e afirmaram que existem recursos disponiveis, a juros baixos, e enfatizaram que este é um período de oportunidades para os produtores que querem investir no crescimento da produção leiteira. O professor e doutor em leite, Cândido Nunes Vasconcelos deu uma verdadeira aula sobre a produção de leite.

A presidente da Proleite, Associação dos Produtores de Leite e Culturas Irrigadas do Município de Wanderley, Ângela Francisca de Oliveira Pinto, emocionou a plateia ao sintetizar o pensamento da maioria dos produtores presentes. Segundo ela, os principais gargalos que ainda emperram a produção de leite no Oeste Baiano, por exemplo, são estradas, energia elétrica, assistência técnica, abastecimento de água, crédito, melhoramento genético, pequenos sistemas de irrigação, aproveitamento dos recursos naturais através de aguadas, tanques, represas, etc. Ela afirmou ainda que a Bahia com o potencial que tem capacidade de produzir leite para abastecer o mercado interno e ainda exportar o excedente para outros estados.

Ângela Francisca enxerga na produção do leite mais que um milagre, uma saída para conter o exôdo rural, promover a autonomia financeira, devolver a liberdade e a qualidade de vida das famílias no campo. “Quem produz leite tem o dinheiro, tem comida na mesa, tem alegria, tem união e os filhos não precisam sair de perto dos pais, pois o leite oferece alternativa de emprego, renda e dignidade. Vivo no meio de pequenos produtores e sei a necessidade de cada um e a importância da cadeia do leite na vida de cada um deles”. A forte fala de Ângela Francisca sensibilizou diversas autoridades. O secretário Lucas Costa, por exemplo, se disse impressionado com a fala da líder de Wanderley e se colocou à disposição para marcar uma audiência com ela e conversar sobre as demandas da produção do leite.

Também sem esconder a emoção, a deputada Jusmari Oliveira, disse que depoimentos com esta força, tocam o coração. “Todos falaram muito bem, mas este desabafo de minha amiga Chiquinha emocionou a todos e mostra o quanto o trabalho da Comissão de Agricultura é importante, tanto para os grandes quanto para os pequenos produtores. Vamos continuar trabalhando com muita dedicação pelo fortalecimento da agricultura baiana. Esse é nosso compromisso”, finalizou a parlamentar.

Jornal Nova Fronteira