Barreiras tomba primeiro imóvel histórico: Frontispício do Antigo Paço Municipal
  • Compartilhe:

Um marco para a preservação da história na Capital do Oeste

Fonte Dircom

Em um marco significativo para a preservação do patrimônio cultural da cidade, o prefeito Zito Barbosa assinou o termo de tombamento municipal do frontispício pertencente ao antigo Paço Municipal de Barreiras. A proposta de tombamento foi apresentada pelos integrantes do Serviço do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural do Município (SPHAM), que reconheceram a importância histórica e arquitetônica do edifício.

Localizado na Rua Rui Barbosa, em frente à Praça Duque de Caxias, o antigo Paço Municipal é atualmente a sede da Academia Barreirense de Letras. O tombamento foi oficializado após um extenso processo instaurado pelo Serviço do Patrimônio Histórico, que incluiu um parecer técnico detalhado. Este parecer teve como objetivo legitimar o tombamento municipal do frontispício, garantindo a preservação deste símbolo da história local.

Apesar de algumas descaracterizações internas, o parecer técnico destacou que o edifício mantém suas estruturas arquitetônicas originais, permitindo uma leitura fiel de sua conformação inicial. Essa característica foi fundamental para a decisão de tombar o frontispício. “Certamente, é uma edificação com relevância singular para a cidade de Barreiras, motivo pelo qual emitimos parecer favorável ao tombamento parcial do antigo Paço Municipal. Esta ação garante a preservação da memória arquitetônica e cultural para as futuras gerações”, destacou Ana Rita Cathalá Loureiro, presidente do SPHAM.

História e transformações do Paço Municipal – O prédio histórico foi reformado durante o mandato de Anphilóphio Lopes, entre 1924 e 1927, quando passou a ser chamado de Paço Municipal. Na época, os dizeres “Paço Municipal” foram gravados em alto-relevo na arquitetura delicada do frontispício. Por quase um século, o prédio abrigou a sede do poder público municipal até a construção da nova prefeitura na Avenida Clériston Andrade. Em 1980, durante a gestão de Otacílio Monteiro da Franca, o edifício foi cedido ao Banco do Nordeste, o que resultou em alterações significativas no interior do imóvel, incluindo a remoção do nome “Paço Municipal” da fachada. Hoje, o edifício foi doado à Academia Barreirense de Letras, que atualmente ocupa o local e colocou seu nome na fachada, mantendo a relevância histórica do prédio.

Para a secretária de Cultura de Barreiras, Emília Moreno, o tombamento do frontispício do antigo Paço Municipal representa uma conquista significativa da atual gestão e de todos os cidadãos barreirenses. “Outras edificações históricas também estão sendo analisadas para possível tombamento, com o objetivo de proteger e preservar a memória cultural da cidade. O compromisso da atual gestão com a preservação do patrimônio histórico busca valorizar e proteger as construções que contam a história de Barreiras, assegurando que estas memórias sejam guardadas e celebradas pelas futuras gerações”, diz Emília.

Jornal Nova Fronteira