As metas nos cercam de todos os lados. As empresas estabelecem planejamentos com metas, com tempo para terem resultados. Assim como nós também temos nossas próprias metas na vida e no trabalho, planejamos nossas conquistas e o tempo para realizá-las. Um famoso poema Zen diz assim: “O sábio não tem metas, só os ignorantes se deixam acorrentar”, outro fala assim: “Quem não tem meta, é sábio”. Mas o certo é que nossas vidas são organizadas e direcionadas a partir das metas que criamos. Nós precisamos ter metas, estabelecer objetivos para perseguir os nossos sonhos; todos nós queremos isso.
O ser humano se realiza e encontra sentido na medida que ele vai traçando seus objetivos e assim se empenhando para alcançá-los. O certo é que a meta não deve te afogar em um mundo de preocupações, que te esgota as energias. A questão está em ter metas muito altas, que te esgotam ou metas realizáveis? No curso de nossas vidas as metas mudam conforme as nossas novas necessidades, elas devem ser estabelecidas já na juventude. Com metas e disciplina o jovem vai construindo a sua identidade, o seu “Eu”, sem esse direcionamento o que ele vai ser? Assim, para construir a autoconsciência, na primeira metade da vida, é essencial que os pais estabeleçam metas aos jovens. Depois, na segunda metade da vida, as metas dão lugar às experiências, ou seja, a pessoa percebe que ela deve se entregar mais à vida porque ela já conquistou muitas coisas, então quer agora viver intensamente cada momento.
Para o jovem que hoje quer viver intensamente cada momento, e muitas vezes não quer ter metas, é importante perceber que tem um tempo na vida que precisamos nos dedicar, nos empenhar mais. Mas a segunda metade da vida e a maturidade vai nos colocando em um ritmo mais espiritual, para que a vida também encontre, naquilo que ela faz, a sua plenitude. E aqui há também um desapego daquilo que a pessoa possui, ela percebe que já alcançou muita coisa, por isso ela usufrui daquilo que conquistou. Pense nisso, sobre suas metas, seus desejos, suas realizações…
