ABL empossa sete novos membros amanhã
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Eles passam a integrar o grupo de 30 escritores que compõem o quadro da instituição, fundada em 21 de maio de 2005

Ascom ABL

A Academia Barreirense de Letras (ABL) realiza no sábado, 03, a cerimônia de posse de sete novos membros. Eles passam a integrar o grupo de 30 escritores que compõem o quadro da instituição, fundada em 21 de maio de 2005.
O evento solene acontece no auditório da Casa da ABL e será a primeira posse de novos membros na sede da entidade, inaugurada em maio deste ano, durante a Festa Literária.

Os escritores foram selecionados através de edital, com uma série de exigências que foram cumpridas e analisadas por uma equipe dos membros, destacados para avaliar os quesitos constantes do concurso. No total foram 14 inscritos, todos com talentos literários inquestionáveis, o que dificultou o trabalho do grupo.

Para animar o momento festivo a música Tatiane Campos Berbert Tavares se apresenta com teclado e a Social Marketing fará a transmissão ao vivo pelo Youtube e Instagram da ABL. Também são parceiros o projeto Quintal do Mario e a Escola Supera.

A seguir apresentamos por ordem alfabética e em poucas palavras cada um dos novos componentes da confraria literária, criada por um grupo de 11 autores locais há 17 anos para promover seu crescimento artístico e cultural.

Antônia Maria Prado de Araújo (Antônia Prado), vai ocupar a cadeira 28, cuja patrona é Maria Firmina dos Reis. Graduada em Letras com especialização em Estudos linguísticos: Técnicas de leitura e Produção textual, é professora emérita da Secretaria Estadual de Educação.

Natural de Cristópolis, mãe de Emília e Tainara é avó de seis netos. Tem como forte a escrita poética, marcante na sua obra À Tona: páginas de Areia. Já tem planos de atuar na academia em um curso de produção textual, voltado para a escrita criativa. Também pretende participar efetivamente da ABL “com o intuito de promover junto aos demais membros, trocas intelectuais que contemplem as artes e a literatura nacionais”.

Para ela, “ser eleita como membro da ABL, tendo como patrona Maria Firmina dos Reis, não é mera coincidência. É oportunidade de dar continuidade ao que viemos buscando ao longo dos tempos: O espaço de fala da mulher, através da literatura, ressignificando pré(conceitos), primando pela ética e democracia, em todos os âmbitos da sociedade”.

Franco Porto dos Santos ocupará a cadeira 22, cujo patrono é Dom Lucas Moreira Neves. Natural de Barreiras, é biólogo com doutorado em Ecologia e, atua há quase 15 anos como consultor ambiental e gestor de projetos de sustentabilidade. Filho de Leonel Rosa (em memória) e de Iracy Pires, é casado com Ariadne Godinho e pai da pequena Ana Rosa. Começou a escrever livros infantis, poemas e músicas como forma de suavizar a vida.

Também desenvolve um projeto chamado En(cantos) Literários que utiliza a literatura e a música como estratégia para a promoção da Educação Ambiental. Tem dois livros publicados e outros três em produção, mais de 35 composições musicais, além de alguns poemas e artigos científicos.

“A literatura, a arte e a cultura contribuem para que um povo nunca perca sua identidade. Nesse sentido, procurarei, como membro da ABL, ampliar os esforços para o fortalecimento dessa identidade e para a difusão das riquezas culturais da região, especialmente na construção de um diálogo civilizatório que traga mais desenvolvimento social, ambiental e cultural para a cidade”, enfatizou o novo acadêmico.

Inácio Cordeiro Filho, vai ocupar a cadeira de número 07, cujo patrono é Antônio Sampaio. Natural de São Desidério é filho de Inácio Cordeiro da Silva e Jacira Macêdo da Silva. Graduado em Design de Interior, é casado com Magna Célia dos Santos Carvalho e pai de Inácia Carolina, Ícaro e Julis Maykon. Multiartista tem grande atuação nas artes plásticas e na literatura. Lançou em agosto seu livro Textos e Telas, com forte expressão poética.

Sobre sua expectativa para a chegada e atuação na ABL, citou o poeta Gonzaguinha quando sonorizou “‘viver e não ter a vergonha de ser feliz / Cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz’. E com essa premissa que ingresso na Academia Barreirense de Letras, para ‘Ser um eterno aprendiz’”, frisou.

De acordo com Cordeiro “fazer poesia, fazer arte no templo sagrado da cultura Barreirense é participar da construção de uma literatura nativa com alcance universal”. Ele asseverou que fará com os demais confrades, “a interação literatura, autores e o público em geral. Aprender para fazer, fazer para aprender, fazer cultura”, exclamou.

Maria Adilma Vilela de Almeida ocupará a cadeira de número 06, cujo patrono é José Seabra de Lemos. A cadeira pertenceu na primeira formação da academia ao professor José Agostinho Porto (em memória). Natural de Palmeira dos Índios (AL) ela chegou em Barreiras com a família quando ainda era criança.

Hoje é cidadã barreirense, com título homologado pelo poder legislativo. Mãe de Camilla e Lênnin Rafael, é pedagoga e bacharel em Direito. Com diversos trabalhos de natureza científica, publicou o livro ‘Crônicas de Mima’ durante a pandemia. Para ela, este “é um momento emblemático da minha vida, e junto aos demais acadêmicos e a sociedade organizada, gostaria de impulsionar as ações implementadas e construir novas, a partir de ideais coletivos”, asseverou.

“Entrar na Academia Barreirense de Letras é, de certa maneira, aproximar o escritor do artista, dada a possibilidade concreta de ampliar a arte como gênero maior, retransmitindo a língua materna e seus múltiplos gêneros, de modo que assumam as mais diferentes formas para desvelar a realidade humana”, salientou.

Orlando Pereira Faria vai ocupar a cadeira de número 05, cujo patrono é Geraldo Rocha. O escritor nasceu há 60 anos no Hospital Eurico Dutra, em parto assistido pelo seu pai dr. Herculano Faria. Sua mãe foi a professora Palmira, que lecionou na Escola Normal do Colégio Padre Vieira. Médico cirurgião, é casado com Silvia Leite Faria e pai de Ana Paula, Mateus, João, Orlando e Valentina.

Com farto material em livros e trabalhos científicos, seu primeiro livro solo é ‘Time Out’, lançado na FLIB 2022. “Além do aspecto científico predominante nas minhas publicações, escrevo textos narrativos com histórias de minhas aventuras e desventuras como médico, estudante de medicina, como discípulo do meu grande mestre, Dr. Herculano Faria. Relatos de nossas andanças pela fazenda Angical em Riachão das Neves, pelas experiências no Hospital Eurico Dutra e outras coisinhas mais”, afirmou.

Sobre as expectativas em relação à ABL, ele disse que ficou honrado em ter sido escolhido para fazer parte da instituição. “Acho que a ABL representa não somente um conjunto de escritores de Barreiras, mas significa um grupo de pessoas muito ativas em relação à promoção da cultura na nossa cidade”, pontuou. Para Orlando Faria, “a ABL parece ter uma importância singular como polo irradiador de educação, cultura e artes em toda a região. Eu me sinto muito motivado a participar ativamente nesse projeto”, concluiu.

Théo de Araújo Santos, ocupará a cadeira de número 02, cujo patrono é Otacílio de Carvalho Lopes. Casado com a psicóloga Carla Silva Fiaes com quem tem os filhos Letícia e Benjamin, nasceu em Campina Grande (PB). Mas cresceu em Salvador, cidade origem da família e onde cursou Biologia, com mestrado e doutorado em Patologia. É professor da UFOB na área de Biologia Celular e Molecular aplicada a saúde.

Na literatura, o autor tem trabalhado com diferentes gêneros literários, desde a literatura infantil e poética, até o gênero acadêmico-científico. Tem participação ativa como autor solo ou com participação em artigos e coletâneas na sua área de atuação. Seu primeiro livro foi de poesias: ‘Algumas de Amor e Outras do Ser’, (2017). Depois nasceu o infantil ‘A Bela Acordadíssima’ (2020).

Na música, compôs diversas músicas no estilo MPB, tendo produzido sete profissionalmente desde 2017, sendo seis autorais e uma como intérprete. Tem como expectativa de atuação na ABL “participar de iniciáticas literárias que ressaltem o conhecimento da cultura barreirense e regional, por meio dos seus aspectos científico, poético e musical”, afirmou.

Thiago Ribeiro Rafagnin, vai ocupar a cadeira de número 12 na ABL, cujo patrono é Barão de Cotegipe. Nasceu em Sananduva (RS), casado com a professora universitária Maritânia Salvi Rafagnin, e, pós-doutor em Direito, é professor de Direito Constitucional na Ufob. Com produção literária voltada para as áreas do Direito e da Ciência Política, investiga questões ligadas ao Poder Legislativo, Reforma do Estado e Neoliberalismo.

É autor de diversos artigos e obras jurídicas, com destaque para o livro Elementos de Democracia Participativa, onde estuda os instrumentos de participação popular existentes no ordenamento jurídico brasileiro.

“No seio da ABL pretendo contribuir com a difusão da cultura no âmbito do Município de Barreiras, por entender que o acesso à cultura constitui um direito fundamental do cidadão. Nesse sentido, pretendo atuar, juntamente com os confrades e as confreiras na potencialização da academia como um locus para difusão, promoção e o fomento da cultura local e regional”, enfatizou.

Jornal Nova Fronteira