Abertas inscrições para a 11ª Semana da Consciência Negra de Barreiras
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A 11ª edição da Semana da Consciência Negra de Barreiras – Seconba, traz como tema deste ano de 2015 “Negros da terra: as re(ex)istências indígenas e afrodescendentes e as culturas brasileiras”,

Paula Vielmo

A 11ª edição da Semana da Consciência Negra de Barreiras – Seconba, traz como tema deste ano de 2015 “Negros da terra: as re(ex)istências indígenas e afrodescendentes e as culturas brasileiras”, entre os dias 18 e 20 de novembro, em uma programação distribuída entre as três instituições organizadoras (IFBA, Uneb e Ufob), dispondo de mesas redondas, apresentações de trabalhos, oficinas, minicursos, além de eventos paralelos, tais como exibições de filmes e intervenção literária.

As inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo site www.seconba2015.ufba.br, como ouvinte de 01 a 17 de novembro e para apresentação de trabalhos de 01 a 15 de novembro. Nesse sentido, a Comissão Organizadora da 11ª Seconba convida pesquisadores/as, docentes, estudantes e demais profissionais da educação para apresentarem seus trabalhos de ensino, pesquisa e extensão sobre a temática das relações étnico-raciais, estudos africanos e afro-brasileiros, na modalidade comunicação oral e toda a população para participar dos debates.

O tema orientador das discussões centra-se na expressão Negros da terra, nome pelo qual os indígenas foram categorizados no período colonial após a comercialização e ampla utilização dos escravizados africanos, sendo  necessário repensarmos o sentido histórico do conceito “negro”, que, muito além de uma designação dérmica ou étnico-racial, é um termo que denota a subalternidade sociopolítica das populações subjugadas ao longo da história do nosso país, aqueles passíveis à escravização, os verdadeiros responsáveis pela pluralidade da(s) cultura(s) brasileira(s).

Além disso, o tema se faz relevante devido às recentes leis 10.639/03 e 11.645/08 que tornaram obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena em nosso país, as quais tem em comum a necessidade do reconhecimento das suas múltiplas contribuições: resistentes à espoliação pelos poderes hegemônicos, propulsores da pluralidade das culturas populares nacionais, além de serem povos afins, irmanados desde a colonização até o presente. Suas similaridades e perseverança compartilhada impõem que a luta e o debate sobre os negros da terra sejam conciliatórios.

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Jornal Nova Fronteira