A retomada do Novo Normal
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Como diz Peter Drucker, pai da administração moderna “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. De acordo com Lala Deheinzelin, pioneira em economia criativa, semear possibilidades de futuro depende mais do aspecto cultural e do social porque tudo que é criado/lançado e é aceito/utilizado, torna-se viável. Após a pandemia nosso modo de ser […]

Como diz Peter Drucker, pai da administração moderna “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. De acordo com Lala Deheinzelin, pioneira em economia criativa, semear possibilidades de futuro depende mais do aspecto cultural e do social porque tudo que é criado/lançado e é aceito/utilizado, torna-se viável.

Após a pandemia nosso modo de ser e de estar no mundo não serão como eram antes. Haverá demissões, redução de jornada e de salários e isso provocará redução da economia. Mas, o fim do confinamento vai proporcionar também uma necessidade de consumo de bens e serviços que ficaram reprimidos durante o tempo de isolamento social.
A sociedade seguirá para um novo estágio que está sendo chamado de “novo normal”. Ainda não sabemos como será isso. Entretanto, analisando o presente, podemos apontar algumas tendências que devem influenciar as pessoas no futuro a curto, médio e longo prazos.

A onda de solidariedade chegou ao Brasil para ficar. Empresas de telefonia e outras como Alpargatas, Ambev e Boticário têm investido em informar as pessoas e não em persuadi-las. Grandes emissoras de TV e jornais também estão ajudando na mobilização em prol da proteção dos mais frágeis. Isto é muito relevante pois quando uma sociedade protege os mais frágeis, está protegendo a si mesma.

O apoio a causas é outra tendência que ganha força. A defesa da diversidade, questões de gênero, empoderamento feminino, combate ao racismo e à violência, entre outras pautas passará a ser quase que uma obrigação para as empresas que quiserem sobreviver e se perpetuar no novo normal.

Antes da pandemia, o Simon Venture Group (SVG), um fundo de investimento focado em novas e promissoras empresas já apontava o omnichannel como uma estratégia de sobrevivência para as empresas. E, de fato, o e-commerce tem salvado muitas empresas do abismo total durante a pandemia. Mas o omnichannel vai além disso. É uma estratégia de conteúdo multicanal para melhorar sua experiência do usuário/cliente e promover melhores relacionamentos com seu público através de pontos de contato.

Depois de tanto tempo distantes, haverá uma valorização da proximidade, estar perto dos lugares e as pessoas que se ama. Isso pode gerar também oportunidade de negócio para quem souber oferecer conveniência como diferencial. Entretanto, será um desafio já que todos terão que reaprender essa nova forma de contato. Também será um desafio para os empreendimentos que dependem de grandes deslocamentos. A higiene também será uma tendência de decisão na hora da compra.

Com base nessas quatro tendências, precisamos nos preparar para a retomada. Embora ainda não saibamos quando isso será, devemos manter o foco. Não podemos esperar que isso seja anunciado para começar.

Jornal Nova Fronteira