Na lei do Karma o que predomina é a lei do Amor
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A lei de ação e reação destinada ao mundo físico é de pleno conhecimento humano, mas a aplicação desta lei pela espiritualidade ainda contém pontos obscuros, que ainda merecem a análise do homem consciente.

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Por Renilson Freitas

A lei de ação e reação destinada ao mundo físico é de pleno conhecimento humano, mas a aplicação desta lei pela espiritualidade ainda contém pontos obscuros, que ainda merecem a análise do homem consciente. A lei de causa e efeito formatada por Isaac Newton prevê que “para toda ação existe uma reação de força e sentido contrário”. No físico essa lei se aplica de forma perfeita, mas será que o mundo metafísico tal lei encontra igual irrefutabilidade?

No campo da espiritualidade a lei de ação e reação é mais conhecida como lei do Karma, palavra sânscrita que significa “ação” ou “ato”. No mundo oriental esse conceito é defendido por várias filosofias, como o Budismo, Hinduísmo, Cabala, Jainismo, e no mundo ocidental encontra guarida no Espiritismo, Teosofia, etc. Na visão espiritualista o Karma é formado por um conjunto de ações humanas que, inexoravelmente, vão gerar consequências, boas ou ruins. Desta forma, se eu praticar o mal colherei sofrimento, se praticar o bem encontrarei felicidade, nesta ou noutra vida.

Apesar de aparentemente o Karma soar como um evento negativo, muitos acertos na vida dos seres humanos provêm da aplicação desta lei. Nem todos atingiram o nível de consciência necessário para partir em busca da reparação dos erros cometidos em outra existência (ou nesta) e, se não fosse a existência desta lei, muitos dificilmente galgariam êxito na evolução espiritual por vontade própria. Para melhor esclarecer, vejamos o exemplo de uma criança que teima em não estudar. Se o pai não exigir-lhe a dedicação ao ensino, muitas vezes aplicando um castigo, provavelmente se tornará um adulto de conhecimento escolar limitado.

Em contrapartida, acreditamos que a aplicação do Karma é opcional, e faz parte do livre arbítrio do ser humano. Aqui será necessário ver o evento por dois ângulos diferentes: o de quem realiza e o de quem sofre a ação. Aquele que recebe a ação poderá, ao invés de devolvê-la na mesma intensidade, anulá-la ou reverter sua polaridade. Vamos exemplificar. Se alguém me agride verbalmente posso não me identificar com a agressão e manter meu estado de paz ou, sobrepondo o ato, posso emanar amor para este ser que agiu por ignorância. Ao nosso entender, essas ações afastam a aplicação da lei do karma do ponto de vista de que sofrem a ação, visto que o agressor poderia estar gerando ou correspondendo a um karma.

Partindo para o outro polo do mesmo evento temos um ser que praticou uma ação passível de geração de Karma, mas vamos dizer que essa pessoa percebeu o erro e nunca mais fez algo do tipo. Vamos dizer que é uma pessoa que sempre pratica o bem, mas que falhou neste dia. Será que receberá o troco? Acreditamos que não. A prática constante do bem sobrepõe as energias negativas geradas e minimizam, ou afastam, o karma. E aqui entra um outro aspecto. Acreditamos que o Karma é materializado pelo ser consciente do indivíduo que, pela culpa gerada pelo ato negativo praticado, materializa uma situação reparadora do erro.

Nós somos os executores da nossa própria pena. Nós geramos o karma, executamos-o e temos o poder de anulá-lo, tudo dependerá do nosso grau de consciência, de quanto conhecemos de nós mesmos e da vontade que temos em corrigir nossos equívocos trilhando o caminho da evolução semeando a caridade, a tolerância e o amor.

Amor e luz!

Jornal Nova Fronteira