Dia de campo de silagem em Riachão das Neves reúne mais de 120 produtores
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No último dia 09 foi realizado na Fazenda Madras em Riachão das Neves, Oeste da Bahia, um Dia de Campo sobre Silagem. A organização ficou por conta do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Produção Animal (Neppa) da Uneb,

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Ascom Neppa

No último dia 09 foi realizado na Fazenda Madras em Riachão das Neves, Oeste da Bahia, um Dia de Campo sobre Silagem. A organização ficou por conta do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Produção Animal (Neppa) da Uneb, juntamente com parceiros locais e nacionais. O evento atraiu mais de 120 produtores, que apostam na silagem como a grande opção para alimentação do gado na seca. Foram muitas caravanas vindas de vários municípios da região (Formosa do Rio Preto, Serra Dourada, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, Angical, Cotegipe, Wanderley, São Desidério e Catolândia), além de pecuaristas de outras regiões (Bom Jesus do Piauí/PI, Corrente/PI, Miguel Calmon/BA, Salvador/BA, Paulo Afonso/BA, São Carlos/SP e Cuiabá/MT).

Na abertura, o Prof. Danilo Gusmão, coordenador do evento, destacou a importância dos parceiros que patrocinaram essa iniciativa e fez o lançamento oficial do programa computacional de atendimento on line aos criadores de gado chamado de “Faça sua Silagem” disponível no site www.farmacianafazenda.com.br, desenvolvido conjuntamente com o Prof. Guilherme Vieira da Qualyagro Consultoria e Treinamento. Segundo Gusmão, o produtor não pode somente ficar se lamentando pela falta de chuvas, mas se perguntar: o que posso fazer para garantir a produção de forragem?.

Em seguida, o Dr. Neuci Vigna e a Drª Maria Luísa, proprietários da Fazenda Madras, acolheram os participantes com uma calorosa mensagem de boas-vindas e comentaram sobre a importância que a silagem tem no seu sistema de produção de gado de corte e de leite.

Marcos Bastos, representante dos Senar e o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras Moisés Schmidt, destacaram o papel dos programas de capacitação desenvolvidos na região e o alto aproveitamento que as demonstrações práticas tem na aprendizagem.

José Maria Albuquerque Jr. da Associação dos Criadores de Gado do Oeste da Bahia (Acrioeste) comentou sobre a grande repercussão do evento entre os produtores e da relevância da pecuária na economia regional. Já Alexandro Bica, da Agrosul, trouxe à tona a necessidade do produtor se planejar na atividade pecuária e da diferença que o bom maquinário pode fazer para alavancar a produção. Finalmente, Paulo César da Casale afirmou que o criador deve lançar mão de todas as alternativas existentes para alimentação do gado na seca, mas que a silagem de sorgo e de capim são opções as mais indicadas para a região.

O evento teve um enfoque muito prático, porém preservando todo o embasamento científico. Foram três horas para os grupos de cerca de 30 produtores percorrerem cinco estações, que discutiram o cultivo de plantas para produção de silagem e as técnicas envolvidas na ensilagem, bem como o manejo pós-abertura do silo, os custos e a utilização do alimento pelos animais.

Na primeira estação técnica, os produtores visitaram o experimento de seleção de variedades e híbridos de sorgo mais adaptados à região Oeste da Bahia, monitorado pela Uneb e Embrapa. Além de conhecer as melhores genéticas experimentais e comerciais, os participantes puderam conhecer os principais pontos do cultivo para obtenção de altas produtividades, tais como: o espaçamento, a adubação, o controle de plantas daninhas e o combate das principais pragas.

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Na segunda e terceira estações, as máquinas para ensilagem foram destaques. O ponto de colheita, a regulagem das máquinas, o tamanho correto de partícula, o rendimento de colheita e a logística de operacionalização foram debatidos. Os produtores viram na prática os mecanismos de regulagem das máquinas e o trabalho dos tratores e ensiladeira para colheita do sorgo, realizada pelos técnicos da John Deere/Agrosul.

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Além disso, tiveram a oportunidade de conhecer a máquina da Casale que também ensila o capim da pastagem, com a vantagem de não se precisar cultivar plantas anuais e estar compatível com o perfil tecnológico da maioria dos pecuaristas.

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Na quarta estação, os produtores observaram todos os cuidados na ensilagem, como o carregamento do silo, compactação da forragem, uso de aditivos e inoculantes na ensilagem, vedação do silo e conheceram as etapas do processo fermentativo que conservam a forragem.

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Por fim, na quinta estação, que abordou o descarregamento do silo e a utilização da silagem, os participantes aprenderam os cuidados pós-abertura, as características desejáveis da silagem, avaliaram a qualidade sensorial da silagem, calcularam o custo de produção e a estimativa da necessidade da produção de silagem na fazenda, conheceram a composição nutricional e viram exemplos de rações contendo silagem para gado de leite e de corte.

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O resultado alcançado foi acima das expectativas. Os produtores avaliaram como excepcional a qualidade das apresentações e a demonstração de know-how. O sentido didático da execução das dinâmicas e o embasamento técnico-científico foram decisivos para obter tamanho grau de satisfação dos participantes.
Os organizadores esperam que as tecnologias difundidas no âmbito da conservação de forragem contribua para reduzir os prejuízos da estiagem sobre a reprodução dos animais e desempenho do rebanho, gerando maior renda aos criadores.

Jornal Nova Fronteira