O que penso sobre a segurança pública em Barreiras
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A situação da Segurança Pública de Barreiras continua cada vez pior. A sociedade acabou de fazer uma grande e representativa manifestação, comandada pela Comissão da Paz.

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Por Dó Miguel

A situação da Segurança Pública de Barreiras continua cada vez pior. A sociedade acabou de fazer uma grande e representativa manifestação, comandada pela Comissão da Paz.

O que se vê em nossa cidade é a falta de controle sobre as ações dos bandidos, aterrorizando o povo e deixando a cidade em polvorosa. O que vemos estarrecidos e indignados é um governo estadual já com seis meses, alheio, paralisado, indiferente, insensível, surdo e omisso a essa e outras demandas não menos importantes, como saúde e educação.

Ao contrário, vê-se uma massificada publicidade, como quem já fez tudo e o governo vai muito bem. Quantos milhões se gasta para dizer o nada, a mentira? Acredito que devamos pensar em ações mais incisivas e efetivas.

Não quero dizer com isso que o trabalho da Comissão da Paz ao longo desses seis anos, não seja benéfico. Muito pelo contrário, cumpre e muito bem o seu papel, organizando manifestações pacíficas, ordeiras e educativas. Esse é um grande legado dessa comissão que tem conscientizado nossa sociedade para que não fique calada, criando a cultura de que o cidadão, desde criança, deve sim se manifestar.

Apesar do grito da rua, esses governos têm se mostrados omissos a essas manifestações e reinvidicações.

O ex-governador Jaques Wagner, ainda na sua primeira campanha, prometeu o Centro de Oncologia, anexo ao Hospital do Oeste. Na sua reeleição tornou a prometer o Centro de Oncologia. Não o fez e a promessa virou dívida. Acredito que esse é um grande momento para que ele pague essa dívida a Barreiras, sem muita dificuldade e com uma solução eficaz. Sabemos todos nós que hoje ele é Ministro da Defesa, portanto umas das soluções que tem sido eficazes em muitos lugares são através do Exército, com criação de um Colégio Militar. Coincidentemente temos o 4º BEC, pelo menos aqui sediado há 35 anos, sempre fazendo boas ações em prol da região.

A sede do 4º BEC, sendo bem estruturada, pode muito bem abrigar o Colégio Militar, aproveitando a estrutura física e de pessoal com qualificação humana e que podem se transformar em professores do Colégio que se pretende, ainda poderá contar com professores das nossas Universidades, priorizando a formação da juventude carente, que está abandonada e lá educando, disciplinando e depois entregando a sociedade para que desenvolvam a boa educação que receberam.

Sugiro, ainda, que a Comissão da Paz seja transformada numa Fundação, para que se crie um fundo de desenvolvimento social, que busque recursos nos governos federal, estadual, municipal, Câmara Municipal, empresas privadas, Aiba, Abapa, CDL e empresas aqui instaladas e cidadãos que posam contribuir, ainda também que busquem em outras fundações a exemplo do Bradesco, Itaú, Pão de Açúcar, Globo, Record e outras mais, nacionais ou internacionais.

A função da agência seria administrar o fundo com pessoas da sociedade, com a participação direta do Ministério Público, que inclusive poderia ser mantenedora de parte dos custos do Colégio Militar.

Foi colocado pelo jornalista Fernando Machado, com exposições em todos os setores da sociedade, um projeto na área do esporte, que eu concordo que seria muito importante na formação e desenvolvimento esportivo e social desses jovens. Tal projeto poderia ser executado pela Prefeitura, com seus recursos e parte de recursos da Fundação.

Na parte da cultura, sugerimos a execução de um programa cultural voltado especificamente aos jovens não atendidos. Para tanto se faria uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e as Universidades locais, também com recursos do município e também da Fundação.

A própria Fundação poderia criar uma instituição de apoio e recuperação de jovens já descaminhados, em parceria com a Secretaria de Assistência Social e das universidades.

Outras três ações importantes, através da Fundação, seria um apoio direto à Polícia Militar, Polícia Civil e a Guarda Municipal, ao qualificá-las para melhor assistirem os trabalhos de investigação, prevenção e front, para tanto utilizando recursos da Fundação.

Jornal Nova Fronteira