Publicada em 18/05/2020 às 06:37
Os desdobramentos dos fatos ligados à virose chinesa reclamam nova abordagem do assunto, já comentado em artigos anteriores desta coluna[1].
Quase todo o noticiário sobre o coronavírus parece ter sido cuidadosamente calculado para gerar pânico[2]. E, o pânico, por sua vez, foi calculado como pretexto para medidas ditatoriais, profusamente impostas no Brasil e no exterior. Sabido é que o pânico obscurece a inteligência bloqueando o caminho mental para enfrentar determinada dificuldade, mantendo sua vítima na inércia ou movendo-a, desorientada, a ações ineficazes. Assim, em última análise, os efeitos do pânico significaram gigantesca perturbação psíquica coletiva, e, hecatombe na economia, tal como quiseram seus promotores, isto é os que guiam os grandes meios de comunicação (“mídia”) e as autoridades políticas, conduzidos uns e outros pelo comunismo, conscientemente ou não.
Neste contexto, vem-me à consideração a hipótese provável, aventada em artigo publicado nos Estados Unidos, segundo a qual a crise do coronavírus foi fabricada também para servir de teste[3]. As forças que ditam o rumo dos acontecimentos decidiram testar a opinião pública para ver se podiam, por meio de uma única manobra, subjugar o mundo inteiro, e, fazê-lo obedecer seus ditames; igualmente, para ver quanto tempo a sociedade pode ficar hipnotizada por notícias falsas irracionais e pelo pânico. Esses testes, segundo o mesmo artigo, teriam sido feitos para preparar o público para outra “etapa mais ousada” do processo revolucionário, impulsionado para destruir o que resta da Civilização Cristã. Sou propenso a acreditar que o articulista esteja certo em seu prognóstico sombrio.
Mas, antes de entrar na indagação sobre qual seria a nova “etapa mais ousada” do processo revolucionário parece-me oportuno abordar a questão do desarmamento dos civis. A política de desarmamento civil começou durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, rotulado como “Kerensky brasileiro”. Alexander Fyódorovich Kérensky, político social-democrata e advogado, primeiro-ministro do russo, exerceu o cargo entre 21 de julho e 8 de novembro de 1917, quando preparou as condições para ascensão dos comunistas ao poder, o que fez combatendo os que se situavam à sua direita e favorecendo os que se colocavam à sua esquerda. Esta tem sido a linha de ação de Fernando Henrique pelo que lhe cola bem a alcunha de “Kerensky brasileiro”.
Em 1996, durante o governo de FHC, teve início a campanha encabeçada pela OAB-SP com o slogan “Desarme-se que a Vida Continua”[4]. A opinião pública, de início, não percebeu a trapaça que estava sendo articulada nos bastidores motivo pelo qual as reações se mostraram débeis. Esta coluna, porém, através de diversas publicações, combateu incessantemente o desarmamento, visando contribuir para que o projeto fosse rejeitado no referendo realizado no ano de 2005. A rejeição se deu porque se tornou claro que o desarmamento dos civis consistia em objetivo internacional apoiado por entidades auxiliares do comunismo, notadamente a Organização das Nações Unidas, sob o falso pretexto de redução da violência, como agora se utiliza o pretexto das mortes para impor medidas tirânicas, e, aliás, ineficazes para deter o coronavírus.
Qual era o motivo para desarmar as populações civis? Óbvio: criar as condições para estabelecimento de Estados totalitários de feitio socialista ou comunista, ou mais provavelmente de um super-governo mundial, com a mesma orientação ditatorial, antigo objetivo revolucionário. Agora, com as providências truculentas de certas autoridades, ficou nítido o desiderato que acalentaram aquelas forças para desarmar os civis e deixá-los impotentes para reações, como ocorre na Venezuela, em Cuba e na Coréia do Norte, por exemplo.
Mas, aonde se insere a questão da “etapa mais ousada” do processo revolucionário, para a qual as atuais diretrizes despóticas de autoridades políticas de vários países se encaminham? Não se pode responder conclusivamente, mas existem pistas para hipóteses e conjeturas. Toda a zoeira em torno do ambientalismo pode indicar o rumo dos futuros manejos revolucionários. Em abono desta ideia vem à mente aquilo que aconteceu no Camboja, sobre o que falarei mais adiante. Antes disso um parêntese.
No livro “Revolução e Contra-Revolução” Plínio Corrêa de Oliveira, profundo conhecedor de Filosofia da História, cogitou de que o comunismo poderia tentar uma grande aventura para a conquista completa do mundo caso os meios até então utilizados (persuasão e liderança do ódio) passassem a se mostrar inoperantes. Portanto, a hipótese da qual falei pode estar ligada a tal aventura macabra. O itinerário para o absurdo pode ter se iniciado com a bancarrota da economia já em curso, alimentada pelo medo da virose, e, tudo o mais que se lhe seguiu e deve seguir (desemprego, fome, convulsões sociais), bem como a libertação em massa de criminosos, etapas necessárias para instalação do caos.
Voltando agora ao eixo do tema: para os que não sabem, o Camboja, pequena nação do Extremo Oriente, foi o palco de sangrenta e destruidora revolução comunista ocorrida entre os anos de 1975 e 1979 com a aplicação de uma utopia agrária, que resultou em violenta repressão, marcada por trabalhos forçados, torturas e execuções[5]. A população foi arrancada das cidades e conduzida à força para a zona rural, jogada em fazendas coletivas, em meio a inomináveis atrocidades. Em 1979 a ditadura do Khmer Vermelho (assim se designava o Partido Comunista Cambojano) caiu deixando um passivo de 1,5 a 2,5 milhões de mortos e o país aniquilado. Embora o regime brutal do Khmer Vermelho tivesse terminado restou o fato como parábola para o resto do mundo, vale dizer, ou aceitar um comunismo “light” (?!), ou correr o risco de submeter-se à pior barbárie da História.
Assim, bem pode estar nos planos revolucionários operação análoga, a ser realizada em escala mundial, a pretexto de retorno à Natureza, para dar início a uma nova “civilização” miserabilista e coletivista, inserta na Nova Ordem Mundial[6]. Para isso muito serviria o fantasma (ou a realidade) de uma guerra de grandes proporções. Ora, no último dia 30 de abril foi noticiado que a Rússia ameaçou desencadear guerra nuclear após os Estados Unidos equiparem submarino com capacidade para lançar mísseis balísticos Trident[7].
Alguém poderá dizer que estou delirando, porque o quadro tétrico que tracei agride o bom senso. Sucede que o bom senso nem sempre dita o rumo da Humanidade. Basta ver o que ocorreu no século passado com o nazismo, o fascismo, o comunismo, as duas grandes guerras de 1914-1918 e 1939-1945, e inúmeras outras guerras e calamidades.
Evidentemente não estou alimentando visão catastrófica do futuro, mas estimulando os espíritos a lutarem a fim de evitar a catástrofe, na medida em que ainda pode ser evitada ou reduzida. Não se deixem enganar ou seduzir. A confiança na ajuda divina irá nos amparar.
* O autor é advogado.
0 Comentários