Câmara de Barreiras aprova lei que regulamenta atividade de bombeiro civil, voluntário e municipal, e abre discussão a respeito da epidemia do Zika Vírus

Publicada em 04/04/2016 às 07:20

aida

Ascom CMVB

No último dia 30 a Câmara Municipal de Barreiras realizou sessão plenária para discutir temas diversos e relevantes para nossa população. Dentre eles uma questão de saúde pública que tem afligido os brasileiros, o avanço do Zica Vírus e as consequências da microcefalia. A sessão contou com a presença na tribuna popular da senhora Aida Okawati, diretora da Movimento de Inclusão pela Qualificação do Especial Independente (Miquei).

Também foi realizada a votação em caráter de urgência e aprovação por unanimidade, do Projeto de Lei nº 008/2016 de autoria do Executivo Municipal, que dispõe sobre a regularização da atividade de bombeiro civil, voluntário e municipal, no âmbito do município de Barreiras e sua obrigatoriedade nos estabelecimentos onde haja grande circulação de pessoas, após aprovação favorável de parecer da Comissão de Constituição Justiça e Redação final. Este projeto contou com a contribuição de profissionais e alunos do curso de bombeiros civis de Barreiras, que também estiveram presentes na Casa.

Aida Okawati compareceu ao plenário para ampliar o debate sobre um assunto que merece nossa atenção e nos afeta diretamente. E questionou o fato de não existirem campanhas e ações suficientes na cidade e região para prevenção do alastramento do vírus que gera consequências sociais severas. Demonstrou grande preocupação com a confirmação de casos na cidade, e, a recusa da sociedade e autoridades em aceitar a ideia de pandemia e de dar a devida atenção ao problema.

Mãe de uma menina também com deficiência, diretora e fundadora da instituição Miquei que atende não só Barreiras como a região Oeste, convive diariamente com as dificuldades geradas pelas deficiências. ainda a respeito do ciclo de transmissão do zika vírus e consequências, a principal delas a microcefalia. Fez um apanhado histórico para contextualizar o assunto, o problema social gerado relacionado com a deficiência, e demonstrou preocupação com a rapidez do processo de contaminação. Comentou também da síndrome de Guillain – Barré, muito perigosa e que qualquer um de nós pode vir a desenvolver.

Segundo ela a sociedade ainda não entendeu a gravidade do problema. Existindo uma graduação na microcefalia fazendo com que essas pessoas sofram as mais diversas consequências. Que isso é um problema social, que afeta as famílias, trás abandono e dificuldades. “Homens estão abandonando mulheres com filhos que tem microcefalia”.

Ela cobra dos poderes públicos, Legislativo e Executivo, ações concretas para prevenção e assistência a essas crianças e famílias. Considera que a atitude do governo tem sido lenta e isso é injusto, e, que é preciso que políticas públicas sejam realizadas e que saibamos lidar com essa situação da qual desconhecemos todas as circunstâncias.

A presença dela na Tribuna Popular e o diálogo foram bem recebidos pela Casa que está mais atenta à situação e disposta a tratar do tema com atenção e cuidado.

Questionou-se por parte dos vereadores a atuação do atual secretário de saúde, no entanto, também se ponderou que sua presença na secretaria de saúde é recente. Sendo que existe de ambas as partes a disposição para estabelecer diálogo a respeito das dificuldades enfrentadas pela população no atendimento na rede municipal de saúde.

1 Comentário

  1. JOSÉ BONIFÁCIO ARAÚJO SILVA disse:

    VALEU DONA AIDA,A SENHORA FALA COM CONHECIMENTO DA CAUSA, ENSINA ESSES VEREADORES E PREFEITOS DO OESTE QUE NÃO ESTAMOS ISENTOS DA CAUSA.

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