Todas as épocas históricas – mais até, todos os momentos históricos – apresentam algumas características próprias, inerentes ao dinamismo da sociedade, em constante movimento. Entretanto, se examinados em profundidade, os vários períodos históricos refletem semelhanças com acontecimentos anteriores. A sociedade contemporânea não foge à regra, conquanto se atribua o qualificativo de “moderna” para diferenciar tudo aquilo que é atual, por oposição ao que é antigo.
Juan Reinaldo Sanchez foi durante 17 anos membro destacado da segurança pessoal de Fidel Castro, chegando ao posto máximo de tenente coronel daquela milícia encarregada de proteger o tirano(1). Decepcionado, em especial porque constatou que Fidel era o chefe da organização cubana que explorava o narcotráfico, decidiu afastar-se de sua função.
A advogada Janaína da Conceição Paschoal se notabilizou por ter desencadeado o processo de “impeachment” contra Dilma Rousseff, e, por ter lutado com denodo para que a ex-presidente fosse destituída. Deve-se acreditar, portanto, que a imensa maioria dos brasileiros lhe seja grata pela coragem com que acelerou a derrocada do agrupamento político-partidário (a bem da verdade sectário…)
Quando nos encontramos em situação embaraçosa é indispensável analisar o fato que nos preocupa, serenamente, para refletir com proveito sobre ele, e, assim encontrar a solução possível segundo as circunstâncias.
Durante muito tempo fui avesso a títulos e subtítulos longos para os escritos em geral (livros, matérias jornalísticas, etc.), talvez, pela dificuldade em reter na memória mais de uma ideia ao mesmo tempo, ou, do esforço exigido para associá-las. Refletindo sobre o assunto, pareceu-me, no entanto, que a justaposição de ideias em títulos ou subtítulos por vezes facilita ao leitor conectá-las e extrair conclusões.
Neste período de ausência nas páginas do Nova Fronteira rascunhei diversos artigos sem tê-los concluído satisfatoriamente. Mas, no meio tempo, veio à tona um tema de capital importância que passou à frente dos outros assuntos a serem comentados.
No domingo, dia 17 de abril de 2016, data que será lembrada durante muito tempo, reuniram-se os membros da Câmara dos Deputados para decidir sobre o prosseguimento do processo de destituição da presidente da República (“impeachment”). Desde os lares mais modestos, até os mais abastados, os olhos estavam colados na transmissão televisionada do evento.
No final de fevereiro o Partido dos Trabalhadores divulgou um “programa nacional de emergência” sob o pretexto de estancar a crise econômico-social que, aliás, seu próprio governo gerou.
O ano de 2016 se inicia carregado de interrogações e ameaças, tanto no âmbito nacional como no internacional. No âmbito nacional vimos o país submergir ainda mais profundamente em suas inúmeras crises, analisadas em artigos anteriores, motivo pelo qual sobre elas não vou me estender.
É de se acreditar que a classe média brasileira não queira descer ao patamar de miséria de sua similar da Venezuela (da qual, integrantes têm sido vistos catando comida no lixo de restaurantes), país cuja moeda (bolivar) até os ladrões rejeitam, segundo noticiou o New York Times. Mas, para que isso não venha a acontecer,