Publicada em 28/01/2021 às 16:35
Eu pretendia escrever sobre a maioridade penal, em continuidade ao tema do último artigo desta coluna. Contudo, notei o recrudescimento da oposição esquerdista ao governo, e, por isso resolvi abordar o assunto do título nas linhas que se seguem.
Está em andamento grande ofensiva da esquerda, impulsionada pelo comunismo, contra o governo de Jair Bolsonaro[1].
Quanto à dimensão da ofensiva não pairam dúvidas. É gigantesca. E, como sempre inflamada por estrondo publicitário nos meios de comunicação social. Basta ler ou ouvir o noticiário dos principais órgãos da mídia (jornais e TV). Em todos os dias encontramos uma enxurrada de matérias negativas destinadas a manchar a imagem do Presidente ou de seus Ministros. Nas notas de rodapé, abaixo, inseri curta amostragem.
Para os que se dedicam, como eu, a estudar e combater os movimentos revolucionários cuja última etapa reside no comunismo, ou, mais exatamente no neo-comunismo ecologista e tribalista, isso não constitui novidade. Efetivamente, disso tanto se sabe pela análise da História, como por diretrizes emanadas de altos dirigente das forças ocultas que trabalham para eliminar o que resta da civilização cristã. Dizia um deles (Weishaupt, chefe iluminista), ainda no século XIX, que “é na intimidade das sociedades secretas que se precisa saber preparar a opinião pública”. Dizia outro (conhecido apenas pela alcunha de Piccolo Tigre[2]) que “é bom e útil dar impulso a tudo o que se quer agitar”. “Preparar a opinião pública”, e “ dar impulso ao que se quer agitar” é o que faz a denominada grande mídia. Estes dados os retirei de parte do livro do Padre Emmauel Barbier intitulado “La Critique Du Libéralisme”, e servem para ilustrar como viceja, atualmente, a céu aberto, a conspiração para derrubar o governo e substituí-lo, mais cedo ou mais tarde, por outro de orientação filo-comunista.
Tudo é pretexto para ataques: a crise sanitária decorrente da difusão do vírus chinês[3], queimadas no Pantanal[4], queimadas na Amazônia[5], crise econômica[6], suposto racismo[7], etc.
Dizia o ímpio Voltaire, inspirador da não menos ímpia Revolução Francesa de 1789: “Mentez, mentez toujours, il en restera quelque chose” , ou seja “menti, menti sempre que ficará alguma coisa”[8].
O objetivo primário da ofensiva é o de provocar a destituição (“impeachment”) de Bolsonaro. O objetivo secundário (caso fracasse o primário) reside no desgaste do Presidente a fim de fragilizar sua candidatura à reeleição. Insere-se no contexto o objetivo colateral de desnortear a opinião pública conservadora, a fim de que esta se afaste do Presidente. Com efeito, a mídia esquerdista se enfurece talvez mais com os conservadores do que com o próprio Bolsonaro[9].
Acima se disse que a ofensiva é movida pelo comunismo. Contudo os partidos declaradamente comunistas são fracos e minoritários, verdadeiros anões da política. Os partidos não declaradamente comunistas vêm tomando a frente da investida porque ostentam maior força de impacto[10]. Mas, a principal força do comunismo, hoje, está na esquerda que se diz católica e exerce oposição pertinaz ao governo[11]. Este setor recebeu novo impulso com a eleição do Papa Francisco, acusado de heresia e favorecimento aos objetivos revolucionários[12].
Há mais um elemento que revigora a ofensiva esquerdista, e é bastante perigoso. Consiste no agrupamento dos falsos centristas e da falsa direita, que fazem coro com a esquerda em suas campanhas[13]. A falsa direita tem uma longa história no extravio da opinião pública, e, para não ir muito longe recuemos até o nazi-facismo europeu e ao integralismo brasileiro. O nazi-facismo foi criado pelos laboratórios revolucionários para desviar os católicos e arrastá-los para o campo totalitário. No Brasil o integralismo atuou na mesma linha para atrair os membros das Congregações Marianas, que eram extremamente pujantes da década de 30 do século passado,e, definharam com a perda de numerosos aderentes para o integralismo. Na atual quadra histórica o mais paradigmático representante da falsa direita é o jornal O Estado de S. Paulo que todos os dias despeja matérias ou notícias tendenciosas contrárias ao governo e a Bolsonaro. Impulsiona, assim, o que se quer agitar segundo a diretriz de “Piccolo Tigre”.
Também agentes externos confluem para atacar o governo brasileiro. O principal, por ora, parece ser Biden[14], mas Macron vem há muito tempo externando a sua hostilidade[15]. Tudo indica, portanto que o “globalismo” comuno-capitalista, desejoso de instalar a “Nova Ordem Mundial”[16] se serve das marionetes acima apontadas para desestabilizar o País, uma vez que semeia germes de discórdia tendentes a conduzir a opinião pública a alto grau de excitação e a graves desacordos.
Entretanto, segundo dizem observadores bem situados, no momento pelo menos, inexistem condições para “impeachment” porque – apesar do bombardeio inclemente – grande parte da opinião pública aprova Bolsonaro. Aliás, este mesmo bombardeio vem contribuindo para o descontentamento da maioria silenciosa com relação ao “Establishment”, e para favorecer, paradoxalmente, a facção conservadora.
A adesão a Bolsonaro se explica porque, apesar de seus erros e dos seus defeitos, representa forte obstáculo ao avanço do neo-comunismo. E, por isso mesmo ele é odiado pelas esquerdas, pelo falso “centro”, e pela falsa direita.
* O autor é advogado.
Parabéns Dr. Lupinacci, pela clara e culta matéria!