Usuários da BR 242 reclamam da paralisação das obras
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Motoristas e produtores rurais que utilizam a BR 242, trecho que vai desde o trevo com a BA 460 (Anel da Soja) e o alto da Serra Geral, divisa com o Estado do Tocantins, estão preocupados e indignados com a paralisação das obras de asfaltamento da rodovia.

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Da redação JornalNF | Fotos arquivos de produtores rurais

Motoristas e produtores rurais que utilizam a BR 242, trecho que vai desde o trevo com a BA 460 (Anel da Soja) e o alto da Serra Geral, divisa com o Estado do Tocantins, estão preocupados e indignados com a paralisação das obras de asfaltamento da rodovia. Eles alegam que com a chegada do período chuvoso a estrada deverá ficar intransitável em determinados locais, em função dos desvios criados pela empresa contratada para a obra.

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Em 2013 a Paviservice, empreiteira vencedora do contrato de número SR 05 785 2014 divisa BA/TO, iniciou a terraplanagem e pavimentação da rodovia e após sucessivos atrasos de repasses por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a empresa interrompeu os trabalhos e praticamente abandonou os canteiros de obras, só retornando neste ano, assim que iniciou-se o período de estiagem, mas novamente paralisou as obras. Em resposta aos questionamentos feitos por nossa reportagem, a Paviservice informou que atualmente foram feitos 23 km de capa asfáltica de total de 49 km de extensão. A empresa disse ainda que inicialmente os serviços estavam previstos para conclusão em 28/03/2016, entretanto, em decorrência de fatores como a greve da Petrobras e os atrasos de pagamentos por parte do DNIT, possivelmente o prazo para conclusão será prorrogado, com serviços retomados somente em 2016, após o período chuvoso.

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A preocupação dos produtores rurais da região e os usuários da rodovia é em decorrência das duas galerias que estavam sendo construídas, a principal delas no local conhecido como Cabeceira de Pedras, que estão com as obras paralisadas. “As galerias foram abandonadas pela empreiteira sem que os aterros das cabeceiras das galerias fossem feitos, obrigando os motoristas a usarem desvios laterais”, reclamou o produtor rural e advogado Ronaldo Lupinacci, lembrando que com a proximidade da estação de chuvas a população da região teme que ela se torne intransitável, tanto em decorrência do provável alagamento dos locais onde estão situadas as galerias, como pelo deslizamento da terra solta movida na terraplanagem inacabada.

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Segundo o produtor rural, que mora em Barreiras e possui uma fazenda em Dianópolis/TO, se isso ocorrer, os fazendeiros estabelecidos após a Cabeceira de Pedra sofrerão enormes dificuldades de acesso aos seus imóveis, o que afetará também produtores das regiões da Bela Vista e Alto Horizonte, além daqueles que se deslocam ao Estado do Tocantins, onde já existe asfalto. Inclusive as obras da BR 242, já no território tocantinense, apesar da lentidão, continuam em andamento.

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Como tantos outros serviços públicos paralisados pelo Brasil, a BR 242 é apenas mais uma no rol das obras afetadas pela inoperância e incapacidade do Governo Federal em gerir a Nação. A corrupção existente nos órgãos públicos que assolam o país, a exemplo da Petrobrás, e a priorização de investimentos em obras sociais, como o bolsa família, que não passam de mecanismos de compra de votos nas eleições, fazem com que a economia fique estagnada. Em relação às obras estruturantes capazes de tirar o país da bancarrota, o Governo Federal age como os três macacos: mizaru (o que cobre os olhos), kikazaru (o que tapa os ouvidos) e iwazaru (o que tapa a boca). Fecha os olhos para o futuro, tapa os ouvidos para os clamores da classe produtiva e não fala nada capaz de criar expectativa de melhora para a Nação.

Jornal Nova Fronteira