Quem está no controle?
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Mais uma vez venho compartilhar alguns pensamentos influenciado por animações infantis que, atualmente, estão carregadas de conteúdo filosófico, moral e espiritualista. Tive o prazer de assistir a animação “Divertida Mente”

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Por Renilson Freitas

Mais uma vez venho compartilhar alguns pensamentos influenciado por animações infantis que, atualmente, estão carregadas de conteúdo filosófico, moral e espiritualista. Tive o prazer de assistir a animação “Divertida Mente”, acompanhado por minha esposa e minhas duas lindas garotas (elas já numa segunda dose), que nos leva ao centro de comando da mente humana e ainda mostra quem está no comando, mas não vou contar os detalhes do filme para não furtar as emoções dos marinheiros de primeira viagem.

Alegria, Tristeza, Nojinho, Raiva e Medo são as emoções que controlam tudo. O diretor, Pete Docter, propõe que a Alegria é a primeira emoção a surgir na nossa mente e a primeira a controlar tudo, mas os fatos externos rapidamente fazem brotar as outras companheiras. Cada uma auxilia no desenvolvimento humano. O medo, por exemplo, pode evitar um sofrimento desnecessário à aprendizagem. Você não precisa virar comida de leão para saber que não é seguro ficar perto dele quando está com fome. O nojo também pode evitar um envenenamento, ou alguém que nos causará sofrimento. Mas esses sentimentos devem estar em equilíbrio para serem positivos.

Com relação a essas emoções a animação não traz nada de novo, mas aí Pete tira uma carta da manga. Até a alegria precisa estar em equilíbrio para fazer bem. O filme mostra que nem tudo se resolve com alegria, algumas vezes precisamos ficar tristes e externar essa tristeza para mudar nossa realidade. Quando o racional decide sufocar a tristeza para externar uma alegria imaginária, além de gastar uma energia desnecessária vai bloquear uma energia que precisa ser expressada e que pode, inclusive, construir algo novo.

Além de mostrar que não é apenas um sentimento que deve estar no comando, Divertida Mente também mostrar como é necessário desconstruir algo para que o novo surja, na maioria das vezes ainda mais forte e complexo. Neste caso, nosso sofrimento vem do medo da mudança e do apego ao que se tem, e que algumas vezes nem nos servem mais. Tudo tem que desmoronar. A diversão, a amizade, a família podem ruir para serem erguidas numa nova base, com novos alicerces, numa nova roupagem.

À medida que se cresce, novos controles, novas responsabilidades, nova forma de ver a vida, mais consciência. Não precisamos temer a vida. As mudanças sempre vão ocorrer e, por mais confortável que esteja a situação, às vezes é preciso perder tudo e começar de novo. Estamos aqui pra isso. A evolução está aí. Se tivermos a coragem e a dedicação necessária, os vôos serão altos.

Amor e luz.

Jornal Nova Fronteira