Promessas, Promessas, Promessas…
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Lendo o pacotão recém-assinado pela presidente Dilma, notei que a região oeste a Bahia, onde vivemos, em nada foi contemplada, para desesperança dos nossos habitantes, que ansiavam por investimentos maciços, em consonância com os esforços de todos nós, tanto na produção de alimentos como no nosso setor rodoviário, hoje exclusivamente servido por caminhões.

do

Dó Miguel, Empresário

Lendo o pacotão recém-assinado pela presidente Dilma, notei que a região oeste a Bahia, onde vivemos, em nada foi contemplada, para desesperança dos nossos habitantes, que ansiavam por investimentos maciços, em consonância com os esforços de todos nós, tanto na produção de alimentos como no nosso setor rodoviário, hoje exclusivamente servido por caminhões.

É bem verdade que os investimentos na região centro-oeste terão relativa influência no contexto geral, mas é evidente que a falta de qualquer investimento na região oeste e adjacente, nos porá em desvantagem flagrante ante nossos concorrentes mais diretos.

No que diz respeito a inclusão da iniciativa privada no pacote, concordo, é bem salutar, pois isto dará mais credibilidade às obras que serão feitas, todas, é bom frisar, com participação efetiva do BNDES, com financiamentos bem longos e juros apetitosos.

O valor total do Programa, de R$ 198,4 bilhões, 69,2 bilhões será aplicado entre 2015 e 2018, ficando  129,2 bilhões para 2018, sendo 66,1 bilhões em rodovias; 86,4 bilhões em ferrovias; 37,4 bilhões em portos e 8,5 bilhões em aeroportos.

Quanto as necessidades da nossa região, sem nenhuma indicação, vale dizer que a falta de lideranças políticas é um fator decisivo para que isto ocorra, assim como o próprio estado da Bahia, agraciado apenas pelo trecho de duplicação da BR-101, entre Feira de Santana e Gandu, melhoramentos no Aeroporto de Salvador e no Porto de Aratu. Muito pouco para um estado que muito contribuiu para a eleição da presidente Dilma.

A região oeste, cantada em prosa e verso por sua agricultura de ponta, não foi lembrada em nada. Nossas necessidades são prementes, principalmente no escoamento das nossas safras. Há ainda outras postulações, todas abaixo veiculadas.

O destaque, o grande sonho dos nossos produtores rurais, a Ferrovia Oeste-Leste, nada receberá, pois os canteiros da obra estão fechados, a empresa deve 3 bilhões a fornecedores e, creiam, não há nenhuma previsão de reinício dos trabalhos.

Já a duplicação da BR 242, no congestionado trecho Barreiras a Luis Eduardo Magalhães, por enquanto ainda é um sonho. A obra foi prometida com ênfase durante a última campanha política para governador, pelo hoje vice-governador, João Leão.

A rodovia 020, projetada desde o governo do presidente Juscelino Kubistchek, ligando Brasília a Fortaleza, continua abandonada. Tal rodovia diminuiria em mais de 600 quilômetros a viagem entre as duas capitais citadas, além de dar acesso a várias cidades interioranas.

Também a rodovia Anel da Soja, que na última política para governador, através do então candidato Rui Costa, foi prometida sua extensão até a cidade de Formosa do Rio Preto, a promessa não saiu do papel.

O momento atual do Brasil não é dos melhores. Uma administração temerária, que está sendo modernizada, para tanto contando com os préstimos de um economista importado de partido adversário, que mesmo contestado pela base petista, começa a mostrar que está imprimindo uma política que alcançará seus objetivos.

A política tem que acatar o ingresso de pessoas capazes nos seus quadros, que emprestem às suas administrações um ritmo empresarial, assim como quem busca lucro, naturalmente encetando políticas sérias e descompromissadas, em benefícios de populações que sempre padecem de intervenções pouco felizes e com o agravante de deslizes seguidos na aplicação dos recursos públicos.

Jornal Nova Fronteira