Produtores de algodão da Bahia recebem auditoria externa para renovar certificação que comprova respeito ao trabalhador no campo
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Os produtores de algodão da Bahia recebem, até o início de junho, as visitas de equipes de auditoria externa para atestar a adoção dos critérios de sustentabilidade pelas suas propriedades afim de obterem certificação internacional. Por meio do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que atua em benchmarking com a entidade Better Cotton Iniciative (BCI), a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa)

 

Araticum Assessoria de Comunicação

Os produtores de algodão da Bahia recebem, até o início de junho, as visitas de equipes de auditoria externa para atestar a adoção dos critérios de sustentabilidade pelas suas propriedades afim de obterem certificação internacional. Por meio do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que atua em benchmarking com a entidade Better Cotton Iniciative (BCI), a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) vem incentivando os seus associados a implementarem melhores práticas socioambientais de respeito aos trabalhadores no campo, a exemplo do cumprimento de normas de saúde e segurança e da legislação trabalhista. Na última safra, 2016/17, 74% da área plantada de algodão recebeu a certificação, abrangendo um total de 140,4 mil hectares, que também comprovaram o uso racional e preservação do meio ambiente e aplicação de boas práticas agrícolas na produção do algodão.

 

A previsão é que, nesta safra, sejam visitadas 53 propriedades, que totalizam 191.586,00 hectares, 75,69% da área total do algodão plantado na Bahia. Estes agricultores deverão comprovar excelência com parâmetros mundiais de adoção de práticas sustentáveis no campo, garantindo maior rentabilidade e espaço no mercado comprador, principalmente de países europeus e asiáticos. Para a coordenadora da área de sustentabilidade da Abapa, Bárbara Bomfim Costa, há o crescente interesse dos produtores de algodão da região em obter essa certificação. “A partir do momento em que eles começam a investir no cumprimento destes protocolos e as equipes da fazenda inserem estas práticas dentro da rotina, eles percebem os benefícios como um todo, melhorando processos administrativo, contábil e operacional, aperfeiçoando a gestão do empreendimento e garantindo maior segurança para os seus funcionários”, afirma.

As visitas – que checam nas fazendas 179 itens ligados ao respeito à legislação e critério sustentável na produção agrícola – são a segunda etapa do processo, que será seguido pela elaboração e execução de um plano para atender as não conformidades e a contratação de uma auditoria externa para certificação. A primeira é o preenchimento do termo de adesão ao ABR/BCI. Para o produtor de algodão, Marcelo Kappes, há quatro anos com a propriedade certificada, este é um investimento que pode garantir uma melhor remuneração do mercado consumidor. “Foi uma etapa fundamental da nossa fazenda. É uma chancela que evidencia o quanto respeitamos o nosso colaborador, e que nos importamos com a sua segurança e a qualidade de vida no ambiente do trabalho, além do respeito à legislação ambiental e das boas práticas agrícolas. São muitas as etapas e dificilmente conseguiríamos atingir esse nível de exigência sem o apoio do programa ABR/BCI”, afirma.

 

Desde o início dos trabalhos do ABR, em 2011, houve uma evolução considerável nos últimos seis anos, quando a certificação dos produtores baianos saiu de 21,1% para 74,1%. Para o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, este programa somente reforça que os produtores de algodão não são apenas altamente tecnificados e preocupados com a operação de algodão na propriedade. “Estamos avançando no pilar social, de respeito aos colaboradores, apoiando os nossos associados nesta certificação, e oferecendo também aos colaboradores destas fazendas a capacitação necessária em segurança e qualidade de vida, por meio do Centro de Treinamento Parceiros da Tecnologia da Abapa, que no último ano, capacitou cerca de 6,3 mil com a promoção de 236 cursos e treinamentos, para quem trabalha no campo ou nos escritórios das fazendas”, afirma.

Jornal Nova Fronteira