O amor muda a vida
  • Compartilhe:

O amor é a força que faz o pensamento e a atitude mover-se na direção dos que se sentem abandonados, sozinhos, sem esperança e sem vida. Claro, então nos perguntamos: quem ama mesmo? A nossa sociedade parece mais individualista. Nós até amamos, mas tendemos a amar as pessoas que são do nosso grupo, dos nossos relacionamentos, mais parecidas conosco.

 

Padre Ezequiel – contato@padreezequiel.com.br

O amor é a força que faz o pensamento e a atitude mover-se na direção dos que se sentem abandonados, sozinhos, sem esperança e sem vida. Claro, então nos perguntamos: quem ama mesmo? A nossa sociedade parece mais individualista. Nós até amamos, mas tendemos a amar as pessoas que são do nosso grupo, dos nossos relacionamentos, mais parecidas conosco. Chegar à periferia do mundo, da dor do abandono é sempre muito mais difícil. Esse termômetro do amor, porém, deve continuar. A natureza do amor é sempre um desafio para irmos além daquilo que fazemos. Quebrar o circuito mais cômodo dos nossos relacionamentos, e, ao menos, termos no horizonte um pensamento aberto e solidário para com as situações mais exigentes e difíceis. Jesus foi o Mestre que atingiu esse cenário. O amor também quer fazer a palavra chegar ao coração que sofre das memórias do passado, das feridas não curadas, do perdão não recebido e nem concedido. O amor chega na dor da rejeição e do desprezo da dignidade humana, na dor do fracasso da justiça. Lá onde a injustiça prevaleceu, lá onde a ausência de presença não amparou. O amor é a presença de cura que supre as ausências.

Na infância é muito comum a experiência da proximidade do amor. Quando nos machucávamos, a presença da mãe e uma simples palavra de acolhida já recuperava a segurança e aliviava a dor. Que poder é esse que a simples presença já acalmava a dor? É o amor desinteressado, comprometido em ajudar e salvar. Parece até um passe de mágica. Ocorre mesmo que a dor maior é sempre a ausência do amor. Não ter quem amar, não se sentir amado por ninguém é o maior sofrimento. Essa ausência do amor é a maior doença. Isso é tão verdadeiro que alguém que sofre de doença grave, vive a angustia pela doença, mas essa recebe um alívio e um amparo inigualável quando pessoas amorosas são colocadas ao redor do paciente. Por isso, deixa eu dizer para você: não perca a oportunidade de amar. Aprenda e reaprenda a amar. Queira amar mais. O amor não lhe tira nada. Ele te torna grande. Diga para a sua mente, pronto já passou. Aquele ferimento passou. Não fica murmurando, te perdendo em continuas lamentações. Elas não te fazem andar. Elas paralisam e envenenam. As suas noites mal dormidas precisam passar. Deixe-as para trás e perceba o amor que Deus te oferece. Não continuem alimentando fantasmas interiores, preocupações e medos. Você é capaz de dar a volta por cima nessa fase de desamores e frustrações.

É dia de voltar à vida. Admita a possibilidade do seu erro e perdoe o erro do outro. A vida é assim mesmo. Todos erramos, mas não somos obrigados a permanecer no sofrimento causado pelo erro. Jesus nos ensina a levantar. Levanta-te e anda. Eu não te condeno. Perdoa a si mesmo e os outros, independente do tamanho do erro. Deus é maior do que toda a culpa. O amor que Ele oferece é grande, capaz de invadir de tal forma o nosso coração, que recupera e renova tudo. Nisso, podemos sorrir novamente, sorrir de verdade. Esse amor de Deus vai possibilitar a você fazer bem todas as coisas. Você não mais viverá julgando e cobrando os outros. Você vai estar preocupado em fazer com amor todas as coisas. Busque fazer o bem e estender a mão. Abandone as influências negativas, não se prenda a notícias desastrosas. Procure manter seu pensamento nas coisas boas da vida. Conjugue o verbo amar em todas as formas que puder para todas as pessoas.

Jornal Nova Fronteira