Novos carros elétricos
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O prefeito Bill de Blasio da cidade de Nova York está criando a “Frota Limpa” para reduzir as emissões dos veículos próprios do município pela metade até 2025, e por escalonamento, de 80% até 2035, no máximo. Esta frota será de veículos elétricos, a maior de qualquer cidade dos Estados Unidos.

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* Mario Eugenio Saturno

O prefeito Bill de Blasio da cidade de Nova York está criando a “Frota Limpa” para reduzir as emissões dos veículos próprios do município pela metade até 2025, e por escalonamento, de 80% até 2035, no máximo. Esta frota será de veículos elétricos, a maior de qualquer cidade dos Estados Unidos.

Com esta ação, Nova York toma a iniciativa depois que as cidades foram chamadas a agir em relação ao clima e ao futuro do planeta e após saber que a Inglaterra adquirirá
uma grande frota de veículos elétricos.

Em diversos países europeus já estão rodando nas estradas mais de 550 veículos elétricos. Somente as empresas de táxi da Europa têm cem veículos. As ações europeias colocam a América do Norte para trás.

A prefeitura tem mais de 11.000 sedans e SUV que são operados por funcionários municipais. O plano de Blasio para substituir essa frota terá um grande trabalho e será bastante oneroso, cerca de 80 milhões de dólares na próxima década, para substituir apenas 2.000 veículos movidos a combustíveis fósseis.

O transporte urbano é responsável por um quarto das emissões em Nova York. É preciso que o motorista comum também migre para os carros elétricos e para isso Nova York também vai oferecer incentivos, tais como oferecer mais opções para carregar as baterias do carro e estacionamento específico.

Se os números mostrados parecem animadores, o que vai surpreender é a China, cujo mercado de carros elétricos deve se tornar o maior do mundo. As vendas são estimadas em 250.000 veículos, de acordo com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis. Isto representará mais de um terço das vendas globais de veículos elétricos, que está estimado em 600.000 carros. Atualmente, os Estados Unidos são o maior consumidor mundial de veículos elétricos, cerca de 180.000 unidades.

O crescimento do setor deve-se à influência governamental, incluindo as políticas de estímulo, subsídios e cortes de impostos. Com as preocupações de qualidade do ar, o veículo elétrico é o transporte alternativo que mais ajuda a diminuir as emissões na cidade. Pequim, a cidade mais poluída da China, quiça do mundo, também está incentivando os veículos elétricos, que podem circular livremente – não entram no rodízio-, além dos subsídios e cortes de impostos.

Nos primeiros 10 meses do ano passado, o mercado chinês de carros elétricos cresceu 290%, com 171,145 unidades vendidas. O governo da China estabeleceu como meta ter cinco milhões de carros “verdes” até 2020. Carros verdes incluem os alimentados por bateria, os modelos híbridos e com células de combustível de hidrogênio.

O governo francês não fica atrás e anunciou planos para construir um carro elétrico que custará menos de US$ 7.500, um verdadeiro carro popular. Mas esse preço é para a versão com opcionais, o Ministério francês da Ecologia, espera um preço tão baixo quanto US$5.300 para o modelo básico. A visão francesa é de um veículo pequeno, leve, de carga rápida da bateria e com uma aparência arrojada que não se pareça com os carros elétricos tradicionais.

E quanto ao Brasil, com todo esse sol, com tantos rios, com tanto vento, com tanta maré? Nós temos uma governanta que quer estocar o vento e jogá-lo daqui prá lá, de lá pra cá! Será que nenhum deputado ou senador poderia dar uns conselhos para esse governo?

* Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Jornal Nova Fronteira