No Dia Mundial de Combate ao Tabagismo, Barreiras tem pouco a comemorar
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Hoje, 31, comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Tabagismo, mas em Barreiras só quem pode comemorar é a Souza Cruz, maior fabricante de cigarros comercializados no Brasil. E um dos motivos é que passados cinco meses do novo governo municipal, o atual gestor ainda não contratou a equipe médica que realizava avaliação clínica, abordagem intensiva

Da redação JornalNF

Hoje, 31, comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Tabagismo, mas em Barreiras só quem pode comemorar é a Souza Cruz, maior fabricante de cigarros comercializados no Brasil. E um dos motivos é que passados cinco meses do novo governo municipal, o atual gestor ainda não contratou a equipe médica que realizava avaliação clínica, abordagem intensiva, individual ou em grupo e, quando necessário, terapia medicamentosa juntamente com a abordagem intensiva aos pacientes cadastrados Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT).

Segundo informações da Secretaria de Saúde, o município está no processo de retomada do programa, mas não tem data prevista para recomeçar os atendimentos.

O tabagismo é, reconhecidamente, uma doença crônica resultante da dependência à nicotina e um fator de risco para mais de 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, asma, infecções respiratórias e doenças cardiovasculares. Sua prevalência vem reduzindo progressivamente, entretanto, ainda mostra-se expressiva em certas regiões e grupos populacionais mais vulneráveis.

No Brasil, um estudo recente sobre impacto econômico do tabagismo no SUS revelou que são gastos cerca de R$ 23 bilhões com o tratamento de algumas das mais de 50 doenças relacionadas ao tabaco.

A epidemia global do tabaco mata quase seis milhões de pessoas por ano, das quais mais de 600 mil são não fumantes, vítimas do fumo passivo. Sem alterações de cenário, estão previstas mais de oito milhões de mortes anuais a partir de 2030. Mais de 80% dessas mortes evitáveis atingirão pessoas que vivem em países de baixa e média renda.

Existem graus de dependência e o tratamento deve ser direcionado. No grau mais moderado, uma simples mudança de rotina e hábitos mais saudáveis aliados à prática de exercícios já ajudam a largar o vício. Para aqueles com grau mais elevado, o tratamento com medicamentos alivia muito o desconforto e auxilia no abandono do vício.

O tratamento do tabagista apresenta ótimo custo-efetividade nos cuidados em saúde, principalmente relacionado às doenças crônicas. Diante disso, o Ministério da Saúde (MS) lançou o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) e publicou, no dia 05 de abril de 2013, a Portaria GM/MS nº 571, que veio atualizar as diretrizes de cuidado à pessoa tabagista no âmbito da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Jornal Nova Fronteira