Mude em você as ideias destruidoras por pensamentos de confiança que fazem andar
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Todas as pessoas querem ser felizes. Nós não queremos o sofrimento. Experimentamos a dor, mas queremos sair dela o mais rápido possível. A questão é que nem sempre conseguimos isso rapidamente. Não existe uma varinha mágica para transformar aflição em felicidade.

Padre Ezequiel Dal Pozzo
contato@padreezequiel.com.br

Todas as pessoas querem ser felizes. Nós não queremos o sofrimento. Experimentamos a dor, mas queremos sair dela o mais rápido possível. A questão é que nem sempre conseguimos isso rapidamente. Não existe uma varinha mágica para transformar aflição em felicidade. O que podemos é expandir nossa mente, ampliar nossas boas atitudes, buscar ajudar os outros, para que assim, o sofrimento seja mais leve. No cristianismo apreendemos que o sofrimento precisa ser suportado, carregado. Jesus carrega a cruz do sofrimento e nisso mostra sua solidariedade continua com nosso sofrimento. No budismo, a compaixão é definida como o desejo de que todos os seres se libertem do sofrimento.

Se todos temos o desejo de felicidade e não queremos sofrer, todos também temos potencial idêntico de desenvolver a paz interior. Independente de sermos ricos ou pobres, brancos ou negros, instruídos ou incultos, temos potencial mental e emocional para alcançarmos a paz e a alegria. Embora sejamos diferentes fisicamente, temos semelhança mental e emocional. Temos emoções positivas e emoções perturbadoras. As positivas nos trazem força interior. As perturbadoras diminuem nossa energia e mexem com nossa confiança. Se ficarmos fixados nas emoções perturbadoras, então perdemos facilmente a paz. Certo é que não há milagres fáceis para encontrarmos esse equilíbrio. Para o cristianismo a fé é um elemento importante para a superação dos problemas, das emoções perturbadoras. Diante da dificuldade, entregamos a Deus a nossa vida, vamos fazendo tudo aquilo que podemos, mas continuamos em pé. Não ficamos só sustentados em nós mesmos. O peso não está somente sobre os nossos ombros. Podemos entregar a Deus o peso, dividimos com Ele o fardo e esse fica mais leve, mais suportável. O budismo, por exemplo, ensina a treinar a mente para aliviar o sofrimento. O treino da mente transforma as percepções mentais e as emoções, fazendo a pessoa sentir alívio. Isso pode fazer uma grande diferença na vida da pessoa.

Atitudes mentais positivas possibilitam a paz interior mesmo diante das maiores dificuldades. Se, porém, as atitudes mentais forem negativas, influenciadas pelo medo, desconfiança, desamparo, aversão por nós mesmos, paixões e ilusões não resolvidas, então, mesmo cercados dos melhores amigos, não nos sentiremos bem e não desfrutaremos da alegria. Isso mostra que é errado esperar que o dinheiro ou qualquer benefício material possa me trazer felicidade e resolver os problemas. O bem interior não pode acontecer simplesmente por algo externo. Claro, que estarmos seguros materialmente é útil e importante. Porém, nossas atitudes interiores, mentais, são mais importantes e fundamentais.

Claro, você deseja saber como fazer para ter o domínio da mente, bloqueando as emoções negativas. Não é simples assim, mas é um exercício. Nesse caminho vamos substituindo em nossa mente os arquivos negativos da memória e expandindo o pensamento para coisas boas, positivas, que aconteceram conosco e que podemos fazer e viver. Substituir o medo pela confiança, o sentimento de baixa autoestima pela decisão que me faz perceber minhas potencialidades e criatividades. Preciso me dar conta daquilo que me faz mal, me deixa angustiado, limitado e triste e ir substituindo por ideias, ambientes e ações positivas e sadias, que produzem alegria.

Jornal Nova Fronteira