Mudanças na Superintendência da CEF em Barreiras trazem retrocesso à região
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Desde que o Governo Federal decidiu pelo corte bilionário de recursos em 2018, em função do revés que a equipe econômica de Temer sofreu ao não conseguir concretizar ajustes que eram dados como certos para o ano passado, várias mudanças ocorreram nos mais diversos setores da União, entre eles a CEF que passou por uma ampla mudança da estrutura organizacional.

 

Por Eduardo Lena | Fotos divulgação

Desde que o Governo Federal decidiu pelo corte bilionário de recursos em 2018, em função do revés que a equipe econômica de Temer sofreu ao não conseguir concretizar ajustes que eram dados como certos para o ano passado, várias mudanças ocorreram nos mais diversos setores da União, entre eles a CEF que passou por uma ampla mudança da estrutura organizacional.

Apesar da CEF ter registrado um lucro líquido superior a R$ 12,5 bilhões em 2017, parte dessa reestruturação acabou por atingir em cheio a Superintendência da Caixa em Barreiras, que perdeu o status de Gerência de Governo (Gegov) para Representação de Governo (Regov). Barreiras acabou perdendo as gerências que acompanhavam os projetos das 44 Prefeituras da região. Outra gerência transferida para Vitória da Conquista, foi a de Habitação. Com isso, os Conjuntos Habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida instalados no Oeste do Estados, também ficarão sob a competência de Vitória da Conquista.

Além de Barreiras, a Superintendência da cidade de Itabuna também foi rebaixada de Gegov para Regov, trazendo retrocesso para os municípios da região Sul do Estado.

Agora os prefeitos do Oeste da Bahia passarão para os domínios da Superintendência de Vitória da Conquista, dificultando o acompanhamento dos projetos de interesse dos munícipes. Para exemplificar, antes das mudanças existiam quatro gerentes de projetos para atender 44 municípios. Agora, os gestores do Oeste terão que disputar a atenção com outros 198 prefeitos atendidos pela Gegov de Vitória da Conquista.

Levando-se em conta as devidas proporções, é como se voltássemos no tempo da Telebahia e suas cabines telefônicas. Quem morou aqui em Barreiras no final da década de 1980 lembra bem como era o atraso na região e a dificuldade em conseguir uma ligação telefônica.

 

Marcão Cardoso, prefeito da cidade de Santana, Oeste da Bahia, e 1º tesoureiro da União das Prefeituras da Bahia (UPB), disse que essa mudança na Superintendência de Barreiras é um retrocesso para o Oeste da Bahia. “As gerências de Barreiras eram para atender os contratos das 44 Prefeituras com os Ministérios e que passavam obrigatoriamente pela Superintendência da Caixa em Barreiras. A estrutura que tínhamos na região contemplava um coordenador e quatro engenheiros, com o passar dos anos enfrentamos um esvaziamento. Passamos para dois engenheiros e agora, com a mudança de Gegov para Regov, passamos para um engenheiro, uma estagiária de engenharia responsável pela triagem dos projetos e zero coordenador”, reclamou o prefeito, ressaltando que para os municípios houve um atraso muito grande na liberação de contratos que até o momento não foram conclusos.

“O município de Santana tem vários contratos que não foram conclusos devido a burocracia imposta pela nova reestruturação e pelo retrocesso na CEF. Agora a Regov em Barreiras passou para a condição de balcão de receber documentos e encaminhar para a Gegov de Vitória da Conquista”, desabafou o gestor, alertando que não adianta enviar a documentação diretamente para Conquista, tem que obrigatoriamente, para dificultar ainda mais a situação, passar pela Regov de Barreiras.

Nossa reportagem entrou em contato com a Gegov de Vitória da Conquista e recebeu como resposta aos questionamentos de que não houve mudança no atendimento aos 44 municípios da região Oeste da Bahia, que continuarão sendo atendidos pela Regov de Barreiras.

A Caixa esclareceu, ainda, que a Regov Barreiras, da mesma forma que a Regov Itabuna, continuarão com equipe local de engenharia.

Jornal Nova Fronteira