Fórum do leite do Oeste da Bahia se reúne em Barreiras
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Reunidos no auditório do Banco do Nordeste do Brasil no último dia 30, representantes municipais das secretarias de agricultura, lideranças de associações de produtores, entidades governamentais e não-governamentais de dez municípios da região levantaram os maiores entraves para o desenvolvimento da pecuária leiteira na região.

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Reunidos no auditório do Banco do Nordeste do Brasil no último dia 30, representantes municipais das secretarias de agricultura, lideranças de associações de produtores, entidades governamentais e não-governamentais de dez municípios da região levantaram os maiores entraves para o desenvolvimento da pecuária leiteira na região.

A proposta de revitalização do Fórum Regional do Leite surgiu da necessidade de obter um espaço de discussão para dar subsídio as ações de planejamento para o apoio às comunidades rurais que produzem leite e o fortalecimento aos laticínios locais.

O Núcleo Executivo do fórum, composto pelo Prof. Danilo Gusmão (Uneb), Eduardo Duarte (CAR), Marcos Bastos (Senar) e Maurício Lélis (Bahia ATER) organizaram a reunião com o tema “Mecanismos de articulação para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite”.

Foram discutidos neste evento os dados da pesquisa do Núcleo de Produção Animal (Neppa) da Uneb sobre a avaliação do perfil da produção de leite no oeste da Bahia, o Programa Bahia Produtiva da CAR, os programas de capacitação dos produtores realizados pelo Senar, o poder do associativismo e a logística de comercialização.

Os participantes levantaram os encaminhamentos das demandas mais urgentes e legitimaram o Núcleo Executivo a executa-las. Uma rede de comunicação foi criada. A principal estratégia de ação será a melhoria da produção de leite dos criadores de gado que atualmente estão na rede de captação dos laticínios, ou seja, os que já possuem o mercado garantido. Esse estímulo a expansão irá atrair novos produtores para a atividade. Assim, o fortalecimento das agroindústrias locais e o estímulo ao consumo dos produtos lácteos regionais são primordiais.

Nas demais localidades, além de avaliar de imediato a possibilidade de ser inserida na logística da comercialização formal, em momento oportuno, serão estudadas outras formas de comercialização, como estudo do mercado local, implantação de sistemas de inspeção municipais em consórcio, venda para merenda escolar (PNAE), entre outras soluções.

Um estudo completo do perfil da produção de leite foi requisitado, tendo a Uneb já iniciado esse processo em Wanderley, Angical e Serra Dourada, maiores polos regionais.

A possibilidade da captação de recursos dentro do Programa Bahia Produtiva da CAR está estimulando a movimentação das associações de produtores em toda a região. Porém, ficou claro que as principais vantagens do associativismo na organização dos produtores, compra de insumos e venda dos produtos são benefícios mais significantes, pois o recurso depende de uma série de fatores, dentre eles, o perfil da associação, a qualidade do projeto e a concorrência com projetos de outras regiões. Nesse contexto, a atuação do Programa Pró-Senar Leite, no qual os produtores recebem capacitação e assistência técnica, tem sido um marco para termos modelos regionais de produtores exemplos para os demais.

O Fórum do Leite, pela primeira vez reunindo os territórios da Bacia do Rio Grande e Bacia do Rio Corrente, dará suporte às câmaras técnicas territoriais e levará as demandas regionais aos gestores para formulação de políticas públicas específicas. Contudo, busca resolver os entraves abrindo o diálogo direto e objetivo entre todos os atores envolvidos nessa cadeia produtiva.

O Programa idealizado pela Uneb “Nosso Leite, Nossa Renda”, que foca a pecuária leiteira como ferramenta de transformação social foi adotado por todos como modelo para expansão da atividade localmente de maneira democrática.

Jornal Nova Fronteira