Estudantes da Ufob começam a traçar perfil epidemiológico da Vila Dulce em Barreiras
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Eram pouco mais de nove horas da manhã de sexta-feira, 07, quando Luzenir de Souza, 50 anos, moradora do bairro de Vila Dulce, em Barreiras, interrompeu seu trabalho de crochê para atender a um chamado em sua porta.

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Ascom Ufob

Eram pouco mais de nove horas da manhã de sexta-feira, 07, quando Luzenir de Souza, 50 anos, moradora do bairro de Vila Dulce, em Barreiras, interrompeu seu trabalho de crochê para atender a um chamado em sua porta. Com um sorriso, a dona de casa recebeu a estudante de Farmácia da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), Flávia Barreto, para responder um questionário que vai mapear as condições de saúde da população.

“É a primeira vez que uma visita dessa chega em minha casa. É bom saber que poderemos contar com esse apoio daqui para frente”, destaca Luzenir. No encontro, sob a supervisão dos professores, foram feitas, dentre outras, perguntas sobre os hábitos alimentares, doenças crônicas e uso de medicamentos. Hipertensa e avó de dois netos, ela ficou surpresa com as novas informações. “Hoje mesmo eu fiquei sabendo sobre o descarte correto de remédios vencidos. Se eles não viessem aqui, continuaria a jogar no lixo, como sempre fiz”.

Assim como a dona de casa, seus vizinhos da Vila Dulce também foram abordados pelos alunos de Farmácia, Medicina e Nutrição da Ufob. A atuação prática desde os primeiros semestres está prevista no projeto pedagógico dos cursos da Área de Saúde da Universidade e pretende proporcionar uma formação humanística, reflexiva e crítica aos futuros profissionais da região.

Recepção calorosa

Elaine Batista, agente comunitária há cinco anos, é uma das guias no contato inicial com a comunidade. Animada com a presença da Ufob no bairro, ela comemora a aceitação dos novos parceiros de trabalho. “A recepção dos moradores aos estudantes tem sido a melhor possível. Existe uma grande expectativa porque sabem que isso vai contribuir para tornar mais eficiente o atendimento básico de saúde”, afirma.

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Quem também está feliz com o reconhecimento da importância da aproximação da Ufob com a população é a futura farmacêutica Flávia Barreto. Natural de Barreiras, a jovem de 19 anos considera fundamental a oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. “A nossa formação ganha muito porque aprendemos desde cedo a conhecer a realidade da nossa Região. Isso contribui bastante para sermos capazes de atuar com mais propriedade no exercício da profissão”, enfatiza.

As informações coletadas pelos estudantes serão compiladas e servirão de base para o Observatório da Saúde, banco de dados da UFOB com o perfil epidemiológico da comunidade. “Com base nesse estudo, serão definidas as estratégias de trabalho no bairro para os próximos semestres”, explica o professor Marlus Pereira, vice-coordenador do curso de Nutrição.

Até janeiro de 2015, mais quatro visitas estão agendadas.

Jornal Nova Fronteira