Embasa implanta nova tecnologia para medir o volume do esgoto coletado em Barreiras
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No final do mês de julho, a Embasa instalou um equipamento que mede, de forma precisa, o volume de esgotos domésticos coletados em Barreiras que chegam à estação de tratamento de esgoto (ETE) da empresa na cidade. O monitoramento eletrônico da quantidade de esgoto permite verificar, por exemplo, a quantidade de imóveis que estão ligados ao sistema de esgotamento sanitário.

 

Ascom Embasa

No final do mês de julho, a Embasa instalou um equipamento que mede, de forma precisa, o volume de esgotos domésticos coletados em Barreiras que chegam à estação de tratamento de esgoto (ETE) da empresa na cidade. O monitoramento eletrônico da quantidade de esgoto permite verificar, por exemplo, a quantidade de imóveis que estão ligados ao sistema de esgotamento sanitário. A ETE, que tem capacidade para receber 266 litros/segundo, vem recebendo uma média diária de 98 litros/segundo.

Desde que a obra de ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Barreiras começou a funcionar em fase de testes, em 2014, a cobertura avançou gradativamente de 8% para 60%. A sede municipal conta atualmente com 31,4 mil ligações de esgoto. Pela quantidade de ligações implantadas, o gerente regional da divisão de esgoto da Embasa, Patrick Alves, calcula que a estação deveria tratar atualmente cerca de 120 litros/segundo, o equivalente a 10,4 mil litros/dia. “Cerca de 18% dos efluentes oriundos de ligações cadastradas ainda são lançados em fossas ou despejados irregularmente na rede de água de chuva ou diretamente na via pública”, afirma.

Em ação intitulada “caça-esgoto”, a Embasa vem inspecionando os imóveis que ainda não destinam os esgotos domésticos para a rede. Além de orientar a população, a empresa encaminha as matrículas destes imóveis para autuação dos órgãos ambientais. O decreto estadual de saneamento básico nº 7.765/2000 determina a obrigatoriedade da ligação de esgoto onde existe rede disponível e estabelece a fiscalização e autuação pelos órgãos ambientais, com multa, a quem descumpre a legislação.

Segundo Patrick, ao executar a ligação intradomiciliar à rede coletora pública, destinando o esgoto dos imóveis para a caixa de inspeção instalada na calçada, os moradores têm resultados diretos na melhoria da qualidade de vida e no meio ambiente. “Com isso, além de deixar a rua limpa, o esgoto coletado é tratado e tem destinação adequada no meio ambiente, deixando de ser lançado no rio Grande por meio de ligações irregulares.

 

Antes realizada de forma manual, a medição da quantidade de esgoto que chega à estação de tratamento segue a determinação da Resolução CONAMA 430/11, que dispõe sobre condições e padrões de lançamento de efluentes. O sistema de esgotamento sanitário de Barreiras integra o Programa de Despoluição das Bacias Hidrográficas (Prodes) da Agência Nacional de Água (ANA), que incentiva o cumprimento de metas de tratamento de esgoto e de abatimento de cargas poluidoras para a bacia do São Francisco. A ETE possui uma eficiência na remoção de demanda bioquímica de oxigênio (DBO) de 85%.

Obra de ampliação do SES de Barreiras – Inaugurada no final do ano passado pelo governador Rui Costa, a obra de ampliação e modernização do SES de Barreiras contou com investimento de R$ 113,3 milhões, sendo R$ 74,5 milhões com recursos do FGTS/Caixa Econômica Federal e R$ 38,8 milhões com recursos próprios da Embasa. O montante garantiu a construção de uma nova estação de tratamento, cinco estações elevatórias (estruturas de bombeamento) e ampliação de 261 quilômetros (km) de rede coletora para 30 novos bairros, a exemplo do Centro Comercial, Sandra Regina, Santa Luzia e Vila Rica.

Jornal Nova Fronteira