Cultivares com ampla resistência a nematóides são apresentadas na Passarela da Soja e do Milho
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Durante a Passarela da Soja e do Milho 2015, que aconteceu no último dia 07, em Luís Eduardo Magalhães, Oeste da Bahia, produtores, estudantes, consultores e público em geral, que participaram do evento, conheceram um pouco mais das cultivares BRS 7980 (convencional) e BRS8280RR

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Ascom Abapa

Durante a Passarela da Soja e do Milho 2015, que aconteceu no último dia 07, em Luís Eduardo Magalhães, Oeste da Bahia, produtores, estudantes, consultores e público em geral, que participaram do evento, conheceram um pouco mais das cultivares BRS 7980 (convencional) e BRS8280RR, desenvolvidos a partir da parceria entre Embrapa e a Fundação Bahia.

Cerca de 1200 pessoas participaram da 16ª Passarela de Soja e do Milho evento, que aconteceu no campo experimental da Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães. O evento é realizado pela Fundação Bahia e pela Embrapa, e conta com o apoio da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), tendo como objetivo a transferência de conhecimento e tecnologia para os produtores da região.

O presidente da Abapa, Celestino Zanella, enfatizou a importância do evento para o setor produtivo conhecer o trabalho que as entidades vêm desenvolvendo na área de pesquisa e tecnologia. “É importante que as pessoas participem desses eventos para verificar o que está sendo feito, conheçam, voltem para o campo, e retornem para pesquisa e faça esse caminho o maior número de vezes. Tecnologia, além da pesquisa, precisa ser difundida. Precisamos juntar a pesquisa, o campo, o estudante que é a próxima geração e a sociedade como um todo. Recomendamos que as pessoas venham conhecer o que tem de novo em cultivares, comprem e verifiquem os resultados. Essa é uma forma de fazer sobreviver a pesquisa na região oeste”, disse Zanella.

Cultivares BRS 7980 e BRS 8280 RR – De acordo com o pesquisador da Embrapa, André Ferreira, esses materiais tem ampla resistência a nematoídes, tolerância às adversidades climáticas e elevada produtividade. Os novos materiais se enquadram nos grupos de maturidade 7.9 a 8.2, que abrangem uma grande fatia do mercado de sementes de soja no Bioma Cerrado. Em áreas de produção no oeste baiano, a produtividade média da BRS 8280RR foi de 64 sacas/ha na safra 2013/14, enquanto a BRS 7980 alcançaram 60 sacas/ha cada.

“Temos desenvolvido um trabalho junto à Fundação Bahia, que é basicamente o teste de materiais adaptáveis à nossa região. A Fundação Bahia nos dá uma boa condição de desenvolver o trabalho com uma amplitude maior, pensando na diversidade e nas demandas do setor produtivo. Essas cultivares é fruto desse trabalho”, enfatizou o pesquisador.

Na região oeste, em área que não produzia mais, com a utilização do material BRS 7980, houve relatos de resultados satisfatórios, por parte dos produtores, chegando a produzir até acima de 50 sacas/ha, mesmo com muitas adversidades climáticas. “É o único material que tem no mercado hoje, que além de boa produtividade, é resistente a praticamente 100% dos nematóides que atacam a região oeste. Esse material é uma solução para grandes áreas que têm nematóides”, enfatizou o presidente da Fundação Bahia, Ademar Marçal.

Segundo o pesquisador, o material BRS 8280 RR, tem se comportado muito bem na região oeste, foi utilizado como refúgio de intacta de um mesmo grupo de maturidade e ciclo parecido, e traz consigo resistências as galhas. Apresentou uma preferência menor em relação a mosca branca, comparado a outros materiais, maior desenvolvimento de fumagina.

Para a Passarela, foram montadas quatro estações técnicas com plots demonstrativos de estudos feitos pelos pesquisadores das duas entidades, que trataram dos seguintes temas: o melhoramento da soja; o manejo fisiológico e nutricional do milho e da soja; o manejo do milho em consórcio com espécie de cobertura e os desafios da produção dessas culturas frente às adversidades climáticas, que foi o tema central do evento nesse ano.

Jornal Nova Fronteira