Barreiras: Detentos matam, degolam e arrancam a lingua e olhos de companheiro de cela
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Adailson Barbosa Vieira, 21 anos, conhecido pelo apelido de 'Ceará Macumbeiro', foi encontrado morto na noite de domingo, 20, no Complexo Policial de Barreiras, Oeste da Bahia. De acordo com a polícia, os colegas de cela espancaram, decapitaram, arrancaram a lingua e os olhos do preso que respondia por cinco homicídios e pertencia a uma facção criminosa rival.

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Fonte G1.com/BA | Fotos divulgação redes sociais

Adailson Barbosa Vieira, 21 anos, conhecido pelo apelido de ‘Ceará Macumbeiro’, foi encontrado morto na noite de domingo, 20, no Complexo Policial de Barreiras, Oeste da Bahia. De acordo com a polícia, os colegas de cela espancaram, decapitaram, arrancaram a lingua e os olhos do preso que respondia por cinco homicídios e pertencia a uma facção criminosa rival.

O coordenador da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), Rivaldo Luz, disse que, com o corpo do detento, foram encontrados bilhetes em que os presos pedem a juízes da comarca local para que soltassem presos. “Eles escreveram também pedidos de visita para familiares, mas já existe uma visita por semana”, disse o coordenador.

Os recados foram escritos com caneta e provavelmente, com o sangue do próprio detento, segundo a polícia. “Será feita uma perícia para confirmar”, afirmou o coordenador.

Este é o segundo caso de detento morto, no período de 21 dias, no mesmo complexo policial. No dia 30 de outubro, os presos mataram um colega e também deixaram um bilhete para o juiz local.

Um inquérito policial será instaurado para apurar a morte do detento que ocorreu no domingo, 20. Os presos são ouvidos nesta segunda-feira, 21, para apurar a autoria do crime.

Também nesta segunda, será realizada uma varredura no complexo, com auxílio da Polícia Militar, para apreender o material que foi usado na morte. Conforme o coordenador Rivaldo Luz, o complexo policial tem capacidade para abrigar 30 detentos, mas atualmente cerca de 90 estão detidos no local. O corpo do detento foi levado para Instituto Médico Legal de Barreiras.

Nota da redação: O mais triste nesta história macabra é que as imagens, inclusive um vídeo do momento em que o detento estava sendo decapitado, foram feitas pelos próprios presos, mostrando a facilidade em que aparelhos celulares são introduzidos no interior do Complexo Policial. Enquanto o Complexo Policial, com capacidade de 33 presos, se transforma num verdadeiro depósito de lixo humano, abrigando aproximadamente 100 criminosos, o Centro de Detenção Provisória (CDP), com capacidade superior a 500 detentos, está há mais de um ano pronto, talvez esperando a próxima campanha política para ser inaugurado.

Jornal Nova Fronteira