Um homem identificado por André, acusado de matar o mototaxista Nilson Ferreira da Silva, no povoado de Barra do Riacho, município de Riachão das Neves, foi preso por volta de meia-noite desta quinta-feira, 11, numa casa de prostituição, no Distrito de Roda Velha, zona rural de São Desidério, Oeste da Bahia. Ele confessa e afirma que premeditou o crime, após Nilson comentar que teve um caso com sua esposa (relação amorosa) e o chamado de corno. “Eu estou separado da mulher e já fiz a corrida com intenção de vingar o que ele tinha falado”, declarou o criminoso.
Ainda declarou que agrediu o mototaxista com golpes de cassete e não teve dificuldades de levá-lo até o local do assassinato, porque Nilson não tinha como desconfiar de sua estratégia maldosa, uma vez que eram colegas de bate papo. “Eu trabalhava lá perto e conversava com ele todo dia, mas decidi fazer isso (matar) por causa do que falou”, afirma o autor confesso.
O corpo da vítima foi encontrado ensanguentado na localidade de Barra do Riacho, na manhã de ontem, por familiares e dirigentes do sindicato da categoria, onde Nilson também era diretor.
Segundo relatos da polícia e da presidência do Sindicato dos Mototaxistas, Nilson Ferreira fazia ponto em frente ao Hospital do Oeste, em Barreiras, onde recebeu a proposta de André para levá-lo à comunidade onde o executou covardemente. Ontem, 11, familiares e colegas começaram sentir falta de Nilson e inciaram a procura até que acharam o corpo com a cabeça cheia de hematomas, ensanguentada e perfurações, perto de uma casa na localidade de Barra do Riacho, também conhecida estrada dos “sem terra”.
O suspeito alega que não roubou Nilson, mas a polícia ainda vai investigar a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), apesar da moto da vítima ter sido encontrada na área do crime.
O presidente do sindicato dos mototaxistas, Walisson Souza, mais conhecido por ‘Junior Taxista’, bastante comovido com a morte, disse que a diretoria vinha comemorando os números decrescentes de violência contra mototaxistas. Ainda relatou que, em 2016, 10 motos tinham sido roubadas, já em 2017, o número caiu para 5, mas todas foram recuperadas, e 2018 teve dados mais positivos que no ano anterior, porque terminou o primeiro semestre sem registro de moto roubada.
O autor ressalta que esteve preso há cinco anos por formação de quadrilha (associação criminosa), roubo e porte ilegal de arma de fogo. O mesmo deve ser apresentado no Departamento de Homicídio em Barreiras para adoção de providências que o caso requer.
