Agora é Guerra: Abapa debate estratégias para combate do bicudo-do-algodeiro
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Para debater novas estratégias de combate ao bicudo-do-algodoeiro e reformulação do Programa Fitossanitário, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Embrapa, Fundação Bahia, Adab, Aiba, pesquisadores, produtores, consultores, e gerentes de fazenda, se reuniram no dia 15, em Barreiras
A reunião aconteceu no auditório da Abapa, em Barreiras

A reunião aconteceu no auditório da Abapa, em Barreiras

 

 

Fonte Ascom Abapa

Para debater novas estratégias de combate ao bicudo-do-algodoeiro e reformulação do Programa Fitossanitário, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Embrapa, Fundação Bahia, Adab, Aiba, pesquisadores, produtores, consultores, e gerentes de fazenda, se reuniram no dia 15, em Barreiras. A reunião foi dirigida pelo presidente da Abapa, Celestino Zanella. “Devemos desenvolver a conscientização dos produtores, para fazermos o controle com comprometimento e seriedade, visando a eficácia na diminuição de custos e aumento de produção”, ressaltou, Zanella.

Durante a reunião, os diretores da Abapa, Celito Missio e Celito Breda, fizeram uma apresentação sobre o problema do bicudo-do-algodoeiro, citando a atuação do Programa Fitossanitário da Bahia. “É inegável que todos sabem o que tem que fazer, são 15 anos insistindo e alertando os produtores sobre os procedimentos. Porém, muitos não se convenceram sobre a consequência de suas ações ou omissões. Nenhuma prática vai ser eficiente, se nós continuarmos permitindo plantas de algodão, fora da lavoura de algodão”, enfatizou Celito Missio se referindo à importância da destruição de soqueiras e tigueras.  Sobre os gargalos enfrentados pelo Programa, Celito Breda ressaltou os pontos a serem trabalhados, destacando também, a conscientização dos produtores para a eliminação de plantas voluntárias (soqueiras e tigueras). “Essa estratégia é emergencial, e precisa de uma força-tarefa para ser realizada”, disse.

As demandas na área de pesquisa, levantadas em reunião com Abapa, Aiba, Fundação Bahia e Embrapa, em reunião no dia 07 de  outubro, foram apresentadas pelo pesquisador da Embrapa, Dr. José Ednilson Miranda. “Durante essa reunião, essas demandas foram identificadas e dentro da discussão temos algumas medidas que devem auxiliar nessa questão”, disse o pesquisador. As demandas levantadas foram: Estudar a eficiência agronômica de inseticidas já existentes no mercado, para o controle de bicudo, Intensificar os estudos já em andamento sobre o controle biológico do bicudo do algodoeiro, utilizando fungos para o controle dos adultos e parasitoide para o controle de larvas; Intensificar os estudos, já em andamento, com os semioquímicos do algodoeiro; Estudar sobre métodos eficientes para o controle de tiguera; Buscar soluções para otimizar a destruição química (alternativas químicas) e mecânica do algodoeiro e soqueiras; Compreender a dinâmica populacional e ecologia de paisagem para o bicudo, biologia comportamental da praga, entender os padrões de dispersão bicudo do algodoeiro na paisagem agrícola; Estudar o algodoeiro transgênico para bicudo do algodoeiro; Validar aplicação (terceirizada ou não), de inseticidas na bordadura em talhões com algodoeiro com equipamento específico adaptado a essa operação; Estudar a influência do tamanho da planta de tiguera no potencial reprodutivo do bicudo.

O pesquisador da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Dr. Paulo Degrande, chamou a atenção para as etapas de controle do bicudo discutidas recentemente, no Workshop do Bicudo, realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). “Os produtores não podem esquecer, nesse início de safra, que temos uma bomba armada, com pavio acesso, na lavoura. O bicudo está lá, as ações precisam ser colocadas em prática, com urgência, para baixar essa população”, disse o pesquisador, enfatizando os planos de supressão regionais, como uma saída para o futuro. “O melhor caminho passa por uma adesão de controle coletivo regional, obedecendo protocolos que visem reduzir a praga. Existem várias formas de estabelecer isso, e no meu ponto de vista, é possível fazer uma união de microrregiões, com pelo menos quatro forças, de um sistema que forneça inseticidas suficientes, de uma empresa ou grupo de empresas, pilotos ou tratoristas, que façam a aplicação seguindo os protocolos, de uma rede de armadilhamentos que forneça informação das áreas que precisam de tratamento, e de um sistema cooperativo que una essas forças, interligando nesses núcleos regionais. Essa é a evolução para os próximos anos, o trabalho cooperativo regional, em que nós possamos unir esforços e controlar simultaneamente o bicudo em todas as áreas, tudo dentro de uma rede com protocolos de monitoramento, aplicação, produto, checagem, e o compromisso de que o serviço será bem prestado”, disse o pesquisador. (Veja abaixo a série de conclusões firmadas em um Protocolo).

O programa conta com a parceria da Adab, Fundeagro, Embrapa, EBDA e Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).

 

 

Jornal Nova Fronteira