Abapa recebe visita de pesquisadores africanos
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A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) recebeu, no dia 29 de abril, em Luís Eduardo Magalhães, uma delegação de vinte e cinco pesquisadores africanos oriundos de cinco países da África Ocidental: Benin, Burquina Faso, Chade, Mali e Togo,

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Ascom Abapa

A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) recebeu, no dia 29 de abril, em Luís Eduardo Magalhães, uma delegação de vinte e cinco pesquisadores africanos oriundos de cinco países da África Ocidental: Benin, Burquina Faso, Chade, Mali e Togo, parceiros do projeto ‘Cotton 4 + Togo’ – iniciativa brasileira de cooperação técnica internacional “Reforço tecnológico e difusão de boas práticas agrícolas para o algodão nos países do C-4 e Togo” – o Projeto é coordenado pelo Ministério de Relações Exteriores, através da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e executado pela Embrapa.

Durante a visita, além de conhecer o funcionamento e as ações desenvolvidas pela entidade, os participantes, visitaram o Laboratório de Análises de Fibras da Abapa. “Acredito que a Abapa é um ótimo modelo de associativismo e pode colaborar para o desenvolvimento dessa iniciativa. Percebemos muito interesse dos pesquisadores ao questionarem sobre o funcionamento da entidade, estrutura e desenvolvimento das ações, e principalmente como os produtores da região, conseguiram se unir, desenvolver e crescer com técnicas e produção sustentável”, disse o diretor executivo da Abapa, Lidervan Moraes.

“Sempre tivemos vontade de conhecer a história do algodão no Brasil. Saber como o país conseguiu desenvolver o algodão, quais foram as etapas, como conseguiu passar de uma produção muito pequena, pouco mecanizada, para uma tecnologia de ponta, permitindo o aumento da produção e da produtividade. Esperamos o apoio técnico no âmbito da cooperação por meio de intercâmbio de conhecimento, capacitações e outras diversas formas, para que um dia  alcancemos e encontremos uma forma de sair da pobreza e alcançar a produtividade esperada de algodão igual aconteceu com o  Brasil. O Laboratório da Abapa é formidável, o desejo é um dia ter acesso a esse tipo de desenvolvimento”, ressaltou Hodabalo Yosso, presidente da Associação de Cultivadores de Algodão do Togo.

Segundo o pesquisador da Embrapa, José Ednilson Miranda, a idéia de visitar a Bahia, surgiu por ser uma das regiões mais importantes em termos de produção de algodão no Brasil. “Esses países aqui representados, são países essencialmente produtores de algodão, no sistema familiar. A idéia é mostrar a realidade brasileira, fazer um comparativo, uma vez que são realidades bem distintas. A Bahia será útil para dar uma idéia do potencial. Talvez um dia eles cheguem aonde o Brasil chegou, pois o Brasil nem sempre foi uma grande produtor. Da Abapa, a gente tira algumas lições, que eles vão levar para casa, não só em estrutura, mas as técnicas do campo. A Bahia pode trazer para o grupo, conhecimento”, disse Miranda, que também ressaltou sobre o associativismo brasileiro. “Essa estrutura que temos de organização do setor, é muito importante e vai ser um grande exemplo. A presença firme e constante da Abapa, Fundação Bahia, órgãos públicos, e outras instituições que estão voltadas e ajudando a cotonicultura do algodão, serão exemplos para eles melhorarem o sistema de produção”, destacou o pesquisador.

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Financiado com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) o projeto tem como objetivos específicos adaptar tecnologias competitivas para o cultivo do algodão em pequenas propriedades naqueles países e reforçar as capacidades das instituições coexecutoras de cada país para o desenvolvimento de soluções tecnológicas adequadas ao setor produtivo algodoeiro dos países parceiros.

Missão – A missão terá duração de três semanas e estão previstas visitas a produtores de algodão nos Estados da Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. Os participantes também conhecerão os laboratórios e ensaios da Embrapa Arroz e Feijão em Goiânia. Os dois últimos dias da visita serão dedicados à definição dos protocolos de plantio para a safra 2015/2016, a serem implementados nas unidades demonstrativas de cada país, ao balanço das atividades realizadas e à definição em conjunto do plano de ação para 2015.

Jornal Nova Fronteira